Crescimento, acúmulo de solutos e distribuição iônica no sorgo sacarino BRS 506 em resposta aos estresses salino e hídrico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Queiroz, Gabriela Carvalho Maia de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Centro de Ciências Agrárias - CCA
Brasil
UFERSA
Universidade Federal Rural do Semi-Árido
Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://lattes.cnpq.br/9567732690904131
http://lattes.cnpq.br/5543183690351821
https://repositorio.ufersa.edu.br/handle/prefix/12027
Resumo: A escassez e salinidade das águas de irrigação demandam estudos de culturas resistentes aos estresses salino e hídrico, como é o caso do sorgo sacarino. Visto o potencial desta cultura na contribuição do desenvolvimento agrícola do semiárido potiguar, objetivou-se avaliar o crescimento e demais parâmetros característicos de tolerância à salinidade e déficit hídrico, como extravasamento de eletrólitos (EE), conteúdo relativo de água (CRA), acúmulo de solutos orgânicos e distribuição iônica no sorgo BRS 506. O experimento foi conduzido no sítio Cumaru, localizado em Upanema-RN. Tratou-se de um delineamento em blocos casualizados com quatro repetições, em esquema fatorial 3 x 3, sendo o fator LAM composto por três lâminas de irrigação (55%, 83% e 110% da ETc) e o fator SAL, por três níveis de salinidade, expressos em termos de condutividade elétrica da água de irrigação (1,50; 3,75 e 6,00 dS m-1). O crescimento foi avaliado aos 36, 46, 57 e 68 dias após o plantio (DAP). Aos 39 e 64 DAP, foram quantificados EE e CRA, e aos 81 DAP, o acúmulo de prolina, aminoácidos totais e açúcares solúveis totais no tecido foliar. Também durante o ciclo, ocorreram três coletas de duas plantas por parcela aos 39, 60 e 81 DAP para quantificação da massa seca (MS) e teores de Na+, K+ e Cl- na raiz, folha e colmo. A análise estatística dos dados deu-se pelo teste F, avaliando os efeitos isolados da salinidade e lâmina, bem como a interação. A interpretação dos dados deu-se por teste de Tukey a 5% de probabilidade. Aos 36 e 46 DAP, os estresses reduziram o crescimento, em que o efeito de SAL foi observado para a CE de 6,00 dS m-1 comparado às demais salinidades, ao passo que a redução de LAM diminuiu o crescimento progressivamente. No decorrer do ciclo, o sorgo adaptou-se aos estresses, visto que SAL e LAM reduziram apenas a altura do colmo aos 68 DAP. Para EE e CRA, a interação foi significativa apenas aos 39 DAP, ao passo que aos 64 DAP ocorreu apenas o efeito isolado de SAL para ambos, indicando que no início do ciclo o sorgo possui maior necessidade de água do que na época da floração. Os teores de prolina, aminoácidos totais e açúcares solúveis totais não foram afetados pelos estresses. Dentre as épocas estudadas, os efeitos da interação no acúmulo de íons e de massa seca foram mais observados aos 81 DAP. No decorrer do ciclo, o sorgo priorizou o acúmulo de Na+ nas raízes como estratégia para evitar o acúmulo nas folhas e o de K+ e Cl- no colmo, por ser o órgão com maior biomassa. A MS das folhas não foi afetada pelos estresses de forma isolada ou interativa aos 81 DAP. Por fim, observou-se que: (1) o principal mecanismo de tolerância adotado pelo sorgo foi a compartimentação do Na+ nas células da raiz, (2) Mecanismos de tolerância foram mais responsivos ao estresse salino que o hídrico e (3) O estresse hídrico foi mais prejudicial ao crescimento que o salino