Ecofisiologia, crescimento e produção de genótipos de soja sob estresse de alagamento

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Silva, Silvana Fraga da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Centro de Ciências Agrárias - CCA
Brasil
UFERSA
Universidade Federal Rural do Semi-Árido
Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://lattes.cnpq.br/7834686741013271
http://lattes.cnpq.br/8388458885336775
http://lattes.cnpq.br/1837666288495988
https://doi.org/10.21708/bdtd.ppgfito.tese.12001
https://repositorio.ufersa.edu.br/handle/prefix/12001
Resumo: As respostas fisiológicas das plantas sob estresse hídrico é altamente complexa e envolve mudanças deletérias e/ou adaptativas. O alagamento dos solos é o principal estresse ambiental que causa privação de O2 nas raízes das plantas. A adaptação ou não das plantas a solos com excesso de água é definida a partir da sua capacidade em desenvolver mecanismos para superar as condições. Quando submetidas ao alagamento, algumas plantas podem produzir alterações morfológicas e fisiológicas para melhor se adaptarem ao ambiente e difundir o oxigênio. Diante disso, o objetivo deste trabalho foi avaliar os aspectos ecofisiologicos de genótipos de soja submetidos ao alagamento do solo nas fases vegetativa e reprodutiva. O delineamento adotado foi o inteiramente casualizado (DIC) com 5 repetições, em arranjo fatorial 3 x 3, sendo três genótipos de soja: tolerante, sensível e cv. comercial; e três condições de tratamento hídrico: alagamento do solo por 10 dias no período vegetativo + 10 dias no reprodutivo; alagamento do solo por 10 dias apenas no período reprodutivo, e o tratamento controle, onde manteve-se o solo com 70% da capacidade de campo durante todo ciclo da planta. Durante o ciclo da planta foram realizadas três avaliações quanto a fluorescência da clorofila a, fotossíntese e trocas gasosas: depois da inundação do período vegetativo (V2); depois da inundação do período reprodutivo (R2) e dez dias após a drenagem da água da inundação (recuperação). Ao final do experimento, foram avaliados o conteúdo relativo de água, dano de membrana, teores de clorofilas a, b, total e carotenoides, acúmulo e alocação de matéria seca nos órgãos da planta. Os genótipos tolerante e sensível sofreram redução da taxa fotossintética e condutância estomática ao serem submetidos ao estresse hídrico na fase reprodutiva. Entretanto, no estresse na fase vegetativa, apenas os mesmos genótipos reduziram a eficiência quântica atual e a taxa de transporte de elétrons e não apresentaram recuperação para estas variáveis. Houve redução do conteúdo relativo de água para os genótipos sensível e tolerante no vegetativo/reprodutivo e no reprodutivo, enquanto para o cv. comercial não teve diferença. As membranas celulares apresentam maiores danos para o genótipo sensível na vegetativa/reprodutiva e para o sensível e local no período reprodutivo. O genótipo tolerante não apresentou redução do teor de clorofilas a, b e total, enquanto o sensível e comercial foram fortemente afetados. A matéria seca nas folhas e raízes foram menores para o tolerante e sensível ao serem submetidos ao estresse no estádio R2, e para a produção de grão, os três genótipos foram afetados tanto na fase vegetativa/reprodutiva como somente na reprodutiva. Foi observado para o tolerante, sensível e comercial, menor investimento de biomassa para a produção de grãos e maior alocação de massa seca no caule. Para a raiz, que é o órgão da planta em contato direto com a água, somente o genótipo sensível apresentou menor incremento. Entre os três genótipos avaliados, a cv. comercial teve melhor desempenho do que os demais, sob condições de alagamento do solo. Assim, os genótipos, tolerante e sensível são mais susceptíveis ao estresse, enquanto o comercial mostra-se ser mais adaptado e tolerante, visto que apresenta mecanismos para superar o meio