Avaliação da qualidade de água para fins de irrigação utilizada na agricultura familiar no município de São João do Jaguaribe-CE

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Freire, Francisco Gilliard Chaves
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Centro de Ciências Agrárias - CCA
Brasil
UFERSA
Universidade Federal Rural do Semi-Árido
Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://lattes.cnpq.br/1438691490740154
http://lattes.cnpq.br/4005917526256145
http://lattes.cnpq.br/6747258062404427
https://doi.org/10.21708/bdtd.ppgfito.tese.7895
https://repositorio.ufersa.edu.br/handle/prefix/7895
Resumo: O Brasil possui uma grande quantidade de água no seu território. Estima-se que o Brasil possui cerca de 12% da água doce total do planeta Terra, porém essa água possui uma distribuição muito irregular. A região Nordeste brasileira é a que mais sofre com essacez de água, concentrando apenas cerca de 3% de toda água brasileira. A irregularidade pluviometrica, elevadas temperaturas, alta evaporarção e a má distribuição no tempo e espaço das chuvas são os principais responsaveis pelo deficit hídrico na região nordestina. O semiárido brasileiro está localizado em sua maior parte na região Nordeste, onde vive cerca de 27,8 milhões de habitantes que vem passando por muita dificuldade ao longo dos anos devido a falta de água em quantidade e qualidade. O estado do Ceará na sua maior parte territorial sofre com a instabilidade hídrica. O reflexo desse problema hídrico já vem sendo sentido pela a população do Vale Jaguaribe, onde se concentra o maior reservatório de água do estado cearense que pereniza o Rio Jagauribe. Hoje o complexo Castanhão tem menos de 15% do seu volume, impossibilitando a ampliação e manutenção das árreas irrigadas dos pequenos proprietarios e dos perimetros irrigados. Uma alternativa para essa carência de água seria a utilização da água subterrânea, porém geralmente essas águas são ricas em sais que por um lado supri a necessidade da falta da água, mas por outro lado cria outros problemas como a salinizaçao e sodificação dos solos. Assim, objetivou-se avaliar a qualidade da água de poços utilizada pelos irrigantes em comunidades rurais do município de São João do Jaguaribe, quanto ao risco de salinização e sodificação. O critério utilizado para se classificar as águas dos poços para fins de irrigação foi o do United States Salinity Laboratory (USSL). Essa classificação baseia-se na condutividade elétrica da água (CE) e na relação de adsorsão de sódio (RAS). Também foi avaliado a qualidade da água do Rio Jaguaribe, que é muito utilizado na irrigação dos agricultores familiares criando um índice de qualidade de água (IQA). Foi coletado água de poços de 16 comunidades rurais e de cinco pontos do Rio Jaguaribe ambos nos meses de outubro de 2019, 2020 e 2021. Em seguida as coletas, no prazo máximo de 24 horas essas amostras foram levadas para o Laboratório de análise de solo, água e planta da Universidade Federal Rural do Semi-Árido, onde foram feitas as análises químicas. Os resultados das análises foram submetidos a estatística multivariada com a realização da análise de componentes principais (ACP) e da análise fatorial (AF). Dos 16 poços em estudo, doze obtiveram a classificação C2S1 com médio risco de salinização e baixo risco de sodicidade. Três poços tiveram a classificação C3S1, com alto risco de salinização e baixo risco de sodicidade e apenas um poço obteve a classificação C3S2, com alto risco de salinização e médio risco de sodicidade. Os IQAI’s variaram de coleta para coleta e de ponto para ponto. O melhor IQAI da primeira coleta foi no ponto 2 com o valor de 62,33 e o pior no ponto 1 com 39,33. Na coleta dois o melhor IQAI foi de 54,63 no ponto 1 e o pior foi no ponto 4 com 13,36. Já na terceira coleta o melhor IQAI foi no ponto 5 com 50,15 e o pior IQAI foi no ponto três com 39,02