Bioplástico a base de fécula de mandioca e látex de mangabeira: obtenção, caracterização e aplicação como revestimento na conservação de mangabas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Nunes, Ronison Inocencio
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Centro de Engenharias - CE
Brasil
UFERSA
Universidade Federal Rural do Semi-Árido
Programa de Pós-Graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://lattes.cnpq.br/8339146999766260
https://repositorio.ufersa.edu.br/handle/prefix/11602
Resumo: Bioplástico é um material produzido de fontes biológicas, surge como uma tecnologia promissora, para substituir as tradicionais embalagens de plástico oriundas de matéria prima não renovável, por ser ecológico e biodegradável. Atualmente, a fécula de mandioca é empregada na elaboração de filmes e revestimentos para a conservação de frutas e hortaliças. É um biopolímero bastante hidrofílico, que resulta em um filme com alta permeabilidade à vapor de água e pouca resistência mecânica. Em muitos contextos, a incorporação de aditivos à matriz biopolimérica propiciam melhorias nessas características. O presente estudo, teve por objetivo obter um bioplástico a base de fécula com a incorporação de látex de mangabeira (composto de borracha natural) para revestimento de mangabas e seu impacto na conservação dos frutos. A elaboração dos filmes foi realizada a partir de um planejamento experimental central composto (CCD) variando-se as concentrações do fator (X1) - látex de mangabeira - entre 0 a 30%, e (X2) - glicerol – entre 5 a 20%. No total, onze formulações do filme foram produzidas, sendo três repetições referentes ao ponto central. Os filmes foram avaliados quanto às características físico-químicas, a saber: solubilidade, permeabilidade ao vapor de água, propriedades ópticas, como a cor e opacidade, além das análises mecânicas e morfológicas através da Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV). Utilizaram-se 300 frutos da mangabeira, colhidos na maturidade fisiológica. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, em esquema fatorial (4 × 5), com três repetições de oito frutos por parcela. Os fatores estudados foram o tipo de tratamento (T1-controle, T2-fécula + látex 25% + glicerol 7%; T3-Fécula + glicerol 7%, e T4-fécula + látex 25%) nos dias (0, 2, 4, 6 e 8) a 23 °C de temperatura. Os filmes elaborados com 25% de látex e menor quantidade de plastificante (glicerol 7%) apresentou baixa solubilidade e PVA reduzida em até 50%, níveis de opacidade elevados (16,35 ± 0,0 mm -1). Verificou-se que a resistência do filme foi afetada negativamente pelo incremento do látex à matriz biopolimérica. O revestimento com Fécula + glicerol 7% (T3) e fécula + látex 25% + glicerol, 7% (T2) propiciaram maior conservação pós-colheita da mangaba, entre o quarto e sexto dia de armazenamento. Sendo melhores para a comercialização os frutos revestidos com Fécula + glicerol 7%, até o oitavo dia de armazenamento