O Ensino da oralidade por meio de exposições orais escolares: sugestões de trabalhos para produção oral em sala de aula

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Moreira, Dianna Paula Pinto
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Brasil
Centro de Ciências Sociais Aplicadas e Humanas - CCSAH
UFERSA
Universidade Federal Rural do Semi-Árido
Programa de Pós-Graduação em Ensino
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://lattes.cnpq.br/2420106463684154
http://lattes.cnpq.br/5250160300632863
https://repositorio.ufersa.edu.br/handle/prefix/7676
Resumo: O complexo contexto das escolas públicas é contornado de diversas necessidades. Nesse cenário, o ensino sistemático da oralidade é dessas insuficiências ainda vigentes, visto que a escola de Educação Básica ainda desmerece a modalidade oral da língua, supervalorizando a escrita e outros conhecimentos linguísticos. Tal pensamento coaduna para a continuidade e a perpetuação de estratégias didáticas tradicionais que ainda são perceptíveis, o que pode prejudicar a atuação dos discentes em situações orais e formais. Nesse sentido, buscamos, mediante nosso objetivo geral, analisar como a oralidade pode ser trabalhada nas exposições orais a partir das percepções e dos entraves enfrentados por discentes nas atividades científicas e culturais nas escolas da Educação Básica, visando à produção de um guia didático destinado aos professores de áreas diversas de ensino. A partir deste propósito, buscamos identificar as percepções e as necessidades dos/das discentes no tocante às exposições orais realizadas durante suas vivências escolares. Junto a isso, elaborar um guia didático direcionado aos docentes das escolas de ensino básico, a partir dos entraves enfrentados pelos alunos na referida situação de comunicação. Para tanto, fundamentamos nossa pesquisa, entre outros estudos, nos preceitos de oralidade desenvolvidos por Marcuschi e Dionisio (2005), Marcuschi (2010), e Forte-Ferreira (2014), Ferrarezi e Carvalho (2018) e Alvim e Magalhães (2019). Sobre a questão do gênero, atentamos aos conhecimentos de gênero de Bakhtin (1997), Barbosa e Rojo (2015) e Bezerra (2017) assim como Travaglia (2017), no que concerne ao gênero oral. Além disso, empregamos os princípios de Ferrarezi (2014) acerca do silenciamento observado na escola e a questão da exposição oral conforme Gomes-Santos (2014) e Dolz et al (2004). Para o levantamento de dados desta pesquisa qualitativa, recorremos à utilização de um formulário online respondido por 16 alunos da terceira série de uma escola estadual no interior do Rio Grande do Norte. Com os dados coletados, pudemos estipular um panorama acerca do estudo da oralidade no contexto desta pesquisa e identificar que, conforme as respostas fornecidas pelos participantes, ainda há um equívoco que coloca a oralidade como sendo equivalente a oralização e falácias que correlacionam o texto oral à reprodução exata de textos escritos. Além disso, foi observada a necessidade de tratar de maneira orientada o processo de leitura e seleção de informações bem como estimular a criação de roteiros de apresentação e incentivo a realização de ensaios, já que foram outras necessidades apontadas pelos estudantes. A questão emocional também recebeu relativo realce nas respostas fornecidas, sendo mostrada, por vezes, como impedimentos para a participação apresentações orais. A partir desses dados, pudemos estabelecer um guia didático capaz de ser usado por diversos componentes curriculares para análise e estudo das exposições orais na Educação Básica. Com isso, buscamos contribuições práticas para o ensino sistematizado e contínuo da oralidade