Atitudes dos indivíduos frente à mudança organizacional: relação entre BPM e antecedentes de resistência à mudança

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Santos, Nataly Inêz Fernandes dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Brasil
Centro de Ciências Sociais Aplicadas e Humanas - CCSAH
UFERSA
Universidade Federal Rural do Semi-Árido
Programa de Pós-Graduação em Administração
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://lattes.cnpq.br/6396907477676423
http://lattes.cnpq.br/8673473102687190
https://doi.org/10.21708/bdtd.ppga.dissertacao.7793
https://repositorio.ufersa.edu.br/handle/prefix/7793
Resumo: Com a crescente competitividade empresarial, as organizações têm se preocupado cada vez mais em acompanhar as mudanças no mercado e conhecer as reais necessidades dos clientes. Gestores, profissionais e pesquisadores aumentaram o interesse por novos modelos de negócios, como o Business Process Management (BPM) ou Gestão de Processos de Negócios, com foco nos clientes, mapeamento de atividades e medição para avaliar o desempenho e otimização dos processos. O BPM também é responsável pela mudança de cultura organizacional, a qual pode ser naturalmente acompanhada de certa resistência. Nesse contexto, o estudo teve como objetivo investigar as atitudes dos indivíduos frente à mudança organizacional, considerando a implementação do BPM e alguns antecedentes de resistência à mudança. Trata-se de uma pesquisa de natureza aplicada, do tipo descritiva e com abordagem qualitativa, pois o estudo analisou, em profundidade, atitudes dos indivíduos em cenário de mudanças. Para tanto, foram realizadas entrevistas semiestruturadas com colaboradores que passaram pela experiência de mudança organizacional do contexto de BPM no mercado brasileiro. A técnica de análise de dados utilizada foi a análise de conteúdo, com codificação baseada em conceitos para categorizar as informações coletadas nas entrevistas. No que se refere às atitudes dos indivíduos relacionadas a mudança organizacional no contexto do BPM, foram percebidas tanto reações positivas quanto negativas. A satisfação, o medo, o estresse e a ansiedade estão dentre as emoções mais relatadas pelos sujeitos. Já os pensamentos dos indivíduos são contraditórios aos sentimentos negativos expressados, uma vez que benefícios organizacionais, facilidade e prazer no trabalho e benefícios pessoais foram os mais citados. Quanto ao comportamento, identificouse que os indivíduos falam bem da mudança e de modo geral aceitam-na, no entanto, foi notório o número de entrevistados que relataram fazer objeções quando necessário. Já com relação a percepção dos indivíduos quanto à confiança na gestão, os entrevistados relataram habilidades e competências de liderança nos detentores de poder e segurança no líder como pontos positivos. Apesar disso, também foi dado ênfase a falta de comunicação nas fases do processo. Conclui-se que a pesquisa forneceu uma contribuição relevante para a área de estudo, uma vez que a relação entre BPM e resistência à mudança ainda é uma problemática passível de mais aprofundamentos. Isso ficou claro a partir dos novos achados da pesquisa, isto é, dos antecedentes de resistência à mudança que surgiram dos dados, como o desconforto e preocupação, segurança quanto à mudança que estava ocorrendo, relação com os colegas de trabalho, improvisações, orgulho e agressividade por parte do líder do processo