Reação de Luffa spp. à Monosporascus cannonballus e Macrophomina pseudophaseolina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Viana, Dariane Monteiro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Centro de Ciências Agrárias - CCA
Brasil
UFERSA
Universidade Federal Rural do Semi-Árido
Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://lattes.cnpq.br/1247264581794987
https://repositorio.ufersa.edu.br/handle/prefix/11999
Resumo: A Luffa é um gênero pertencente as cucurbitáceas que vem despertando o interesse do setor agrícola devido à sua biodiversidade e capacidade de replicação. Essas características oferecem oportunidades promissoras para o desenvolvimento de novos materiais e sua utilização como porta-enxerto. No entanto, a falta de estudos sobre patossistemas radiculares associados a esta espécie representa uma limitação para seu uso. Sendo assim, o objetivo desse trabalho foi avaliar a patogenicidade de dois gêneros fúngicos (Macrophomina pseudophaseolina e Monosporascus cannonballus) em acessos de Luffa spp., obtidos da coleção de germoplasma de cucurbitáceas da UFERSA. Para isto, foram realizadas duas ações de pesquisa. Na primeira ação, foi avaliada a reação dos 33 acessos de Luffa spp. à M. cannonballus (isolado - CMM2429), acrescido de dois controles positivos (culturas de melão e melancia) e um controle negativo (sem inoculação) para cada acesso/cultivar. A inoculação seguiu o método de infestação do solo com grãos de trigo. Para o segundo ensaio, foi avaliada a reação de acessos de Luffa spp. à M. pseudophaseolina, tendo sido realizado um estudo de prospecção de fungos associados a raízes de Luffa spp. em áreas dos estados do Rio Grande do Norte e Ceará. Foram identificados três isolados pertencente ao gênero Macrophomina, através das estruturas morfológicas, e em seguida submetidos a análises molecular, para confirmação da espécie, por meio de extração de DNA e amplificação por reação em cadeia da polimerase (PCR), utilizando primers específicos (MpTefF e MpTefR para M. phaseolina, MsTefF e MsTefR para M. pseudophaseolina, e MeTefF e MeTefR para M. euphorbiicola). Todos os isolados amplificaram para M. pseudophaseolina. Foi selecionado o isolado de M. pseudophaseolina (RO-II), e inoculados em 12 acessos de Luffa spp., acrescido de dois controles positivos (culturas de melão e melancia), e dois controles negativos (sem inoculação) para cada acesso/cultivar, utilizando o método do palito de dentes infestados. Para ambos os ensaios, após a inoculação, as plantas foram mantidas em condições de casa de vegetação, seguindo um delineamento inteiramente casualizado (DIC), com quatro repetições. Todos os ensaios foram repetidos. Aos 60 dias após a inoculação, foram avaliadas as variáveis, a incidência e severidade da doença, classe de reação, comprimento da parte aérea (CA) e da raiz (CR), peso fresco e seco da parte aérea (PFA e PSA, respectivamente) e da raiz (PFR e PSR, respectivamente). No primeiro ensaio com os acessos de Luffa spp. inoculados com M. cannonballus, foi observado que 21 acessos foram classificados como "similar à imune", 11 como "altamente resistentes" ao fungo e apenas um acesso mostrou-se altamente suscetível se assemelhando aos controles positivos. No segundo ensaio, para os acessos inoculados com M. pseudophaseolina, apenas um acesso TB39 mostrou-se imune ao fungo e apresentou melhores características de crescimento vegetativo em comparação com os demais acessos. Os resultados indicam a existência de variabilidade na resposta dos acessos de Luffa spp. a M. cannonballus e a M. pseudophaseolina. É possível ainda identificar que o acesso TB39 obteve as melhores respostas nos dois ensaios, sendo altamente resistente a M. cannonballus e imune a M. pseudophaseolina. Além disso, este é o primeiro relato de Luffa spp. atuando como hospedeira alternativa de Macrophomina pseudophaseolina