Desvendando o som do chocalho da Cascavel sul-americana: as emissões sonoras variam entre as subespécies de Crotalus durissus?
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Centro de Ciências Biológicas e da Saúde – CCBS
Brasil UFERSA Universidade Federal Rural do Semi-Árido Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Conservação |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://lattes.cnpq.br/1028057871039595 https://lattes.cnpq.br/9447342597635419 https://repositorio.ufersa.edu.br/handle/prefix/11846 |
Resumo: | Os sons produzidos pelos chocalhos das cascavéis (Crotalus e Sistrurus) constituem as emissões sonoras mais conhecidas entre as serpentes, tendo sido descritas bioacusticamente para muitas espécies. No entanto, a ocorrência de variação geográfica na exibição sonora do chocalho, sobretudo nas espécies de ampla distribuição, permanece um tema inexplorado. Neste trabalho investigamos se os sons dos chocalhos variam entre as subespécies da Cascavel sul-americana, Crotalus durissus, testando a hipótese de que haveria variação geográfica nas emissões acústicas dos chocalhos. Especificamente, avaliamos a influência das características anátomo-fisiológicas dos indivíduos e morfológicas dos chocalhos nos parâmetros acústicos das emissões. Gravamos 87 indivíduos de C. durissus, pertencentes a seis subespécies (C. d. cascavella, C. d. collilineatus, C. d. durissus, C. d. marajoensis, C. d. ruruima e C. d. terrificus), distribuídas em diferentes domínios morfoclimáticos da América do Sul. Descrevemos as emissões sonoras através dos seguintes parâmetros acústicos: Razão de duração emissão/estímulo (%), frequência mínima (Hz), frequência dominante (Hz), amplitude de frequências (Hz). Avaliamos também parâmetros morfofisiológicos dos indivíduos emissores: comprimento rostro-cloacal (cm), temperatura corpórea (ºC), sexo e altura do primeiro lóbulo do segmento proximal do chocalho (mm). A exibição sonora das subespécies de C. durissus não apresentou diferenças geográficas consideráveis, pelo menos entre as subespécies mais amplamente distribuídas (C. d. cascavella, C. d. collilineatus e C. d. terrificus). No entanto, a frequência mínima de C. d. terrificus foi mais alta que das subespécies com distribuição mais restrita (C. d. durissus, C. d. marajoensis e C. d. ruruima). Independente da subespécie, o som dos chocalhos de C. durissus foi melhor predito pelos parâmetros morfológicos dos indivíduos emissores. O comprimento rostro-cloacal influenciou negativamente a razão de duração emissão/estímulo, a frequência mínima e a frequência dominante. Já a altura do primeiro lóbulo do segmento proximal do chocalho influenciou negativamente a frequência dominante e positivamente a amplitude de frequências. Estes resultados revelaram que os parâmetros acústicos do chocalho da Cascavel sul-americana não diferem substancialmente entre as subespécies, mas é primariamente determinado pelo tamanho corpóreo e pelas dimensões do chocalho dos emissores. Nossos achados ampliam o conhecimento sobre a bioacústica do gênero Crotalus, além de contribuir para a compreensão comunicação acústica em serpentes de forma geral |