Indicadores agroeconômicos e qualidade pós-colheita do rabanete sob adubação orgânica em duas estações de cultivo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Silva, Jéssica Paloma Pinheiro da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: CCA
Brasil
Centro de Ciências Agrárias - CCA
UFERSA
Universidade Federal Rural do Semi-Árido
Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://lattes.cnpq.br/0775784074096042
http://lattes.cnpq.br/0733843920058291
https://repositorio.ufersa.edu.br/handle/prefix/11365
Resumo: Na região semiárida nordestina, a prática da adubação verde utilizando espécies espontâneas da Caatinga, torna-se uma ferramenta estratégica no incremento da produtividade e qualidade de hortaliças, proporcionando especialmente aos agricultores familiares, o alcance de mercados de produtos diferenciados e redução nos custos de produção. Nesse contexto, o objetivo deste trabalho foi avaliar os indicadores agroeconômicos e a qualidade pós-colheita do rabanete em função da aplicação de biomassa seca da flor-de-seda, em duas estações de cultivo. Os experimentos foram realizados em duas estações de cultivo, sendo no período de agosto a novembro de 2021 (E1 - Estação 1) e, de junho a setembro de 2022 (E2 - Estação 2), na fazenda experimental Rafael Fernandes do Departamento de Ciências Agronômicas e Florestais (DCAF) da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), Mossoró-RN. O delineamento experimental utilizado foi em blocos casualizados com cinco tratamentos e cinco repetições. Os tratamentos consistiram de quantidades de flor-de-seda de 16, 29, 42, 55 e 68 t ha-1 de matéria seca, e dois tratamentos adicionais, sendo um sem adubo (testemunha absoluta) e outro com adubação mineral, para efeito de comparação com o tratamento de máxima eficiência física ou econômica. A cultivar do rabanete utilizada foi a Crimson Gigante. Foram avaliadas as características agronômicas: altura de plantas, número de folhas por planta, diâmetro da raiz, massa seca da parte aérea e raízes, produtividade total, produtividade comercial e de refugo; indicadores econômicos: rendas bruta e líquida, taxa de retorno e índice de lucratividade e; qualidade pós-colheita: sólidos solúveis, acidez titulável, relação SS/AT, teor de vitamina C, teor de açúcares solúveis, teor de antocianinas totais e parâmetros de cor. Com a aplicação dos tratamentos e por meio da metodologia adotada, verificou-se que a máxima eficiência produtiva otimizada (9,56 t ha-1) e econômica (baseada na renda líquida de R$ 37.641,08 ha-1) foi possível com a incorporação de 50,86 t ha-1 e 44,39 t ha-1 de biomassa seca de flor-de-seda ao solo, respectivamente. A taxa de retorno e o índice de lucratividade obtido foram de R$ 2,94 para cada real investido, com índice de lucratividade de 62,55%. A máxima eficiência de sabor (44,29 °Brix/% de ácido málico) e teor de açúcares solúveis (1,57 mg 100 g-1), foi alcançada com a incorporação de 47,24 e 25,28 t ha-1 de biomassa seca de flor-de-seda incorporadas ao solo, respectivamente. Adicionalmente a maior concentração de compostos bioativos, foram obtidos ao incorporar entre 35,79 e 45,95 t ha-1 de flor-de-seda. Os parâmetros de cor (L*, C* e h°) das raízes de rabanete vermelho, foram alcançados entre as quantidades de 35,10 e 47,50 t ha-1 de biomassa seca de flor-de-seda. A utilização da biomassa seca da flor-de-seda como adubo verde é uma alternativa agroeconomicamente viável para produtores de rabanete do semiárido, garantindo uma boa qualidade pós-colheita, segurança alimentar e sustentabilidade.