Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Maltez, Nathalia Gonçalves
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Orientador(a): |
Soares, Daniel Cristian Ferreira
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Banca de defesa: |
Couto, Eduardo de Aguiar do
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Paula, Eduardo Coutinho de
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Itajubá
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Programa de Pós-Graduação: |
PPG - Programas de Pós Graduação - Itabira
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Departamento: |
PPG - Programas de Pós Graduação - Itabira
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.unifei.edu.br/jspui/handle/123456789/2399
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Resumo: |
Poluentes orgânicos emergentes vêm chamando a atenção da comunidade científica uma vez que apresentam risco potencial à saúde humana e ao meio ambiente. Dentre esses compostos, destacam-se os produtos farmacêuticos que têm sido encontrados em diversas matrizes ambientais. Considerando a falta de legislação específica no Brasil que aborde sobre a contaminação e o descarte de efluentes contendo fármacos, este trabalho avaliou a persistência e a remoção dos fármacos cetoprofeno, ciprofloxacino e losartana que são integrantes de medicamentos de uso comum na prática clínica, nos recursos hídricos da sub-bacia do Rio do Peixe localizada na região de Itabira - MG. Para a determinação e quantificação dos fármacos, utilizou-se a técnica de Cromatografia Líquida da Alta Eficiência (CLAEDAD). As coletas foram realizadas nos meses de abril e julho de 2019, em seis pontos do Rio do Peixe, três deles a montante e outros três a jusante da Estação de Tratamento de Esgotos (ETE) da cidade de Itabira - MG. Os compostos com maior concentração em ordem decrescente foram o ciprofloxacino (1,46 a 2,99 μg.mL-1), a losartana (0,31 a 1,09 μg.mL-1) e o cetoprofeno (0,31 a 0,37 μg.mL-1) para as amostras coletadas em abril de 2019. Já para as amostras de julho de 2019, apenas o ciprofloxacino foi detectado com concentração média entre 0,66 a 1,06 ug.mL-1. Não há dados disponíveis na literatura de que as concentrações encontradas possam causar efeitos nocivos à saúde humana. Entretanto, é importante considerar que ainda existem poucos estudos que abordam a respeito dos efeitos crônicos e da exposição à diferentes compostos para se afirmar que os níveis determinados são seguros. Para a remoção dos fármacos estudados nas amostras de água, utilizou-se um material adsorvente baseado em nanopartículas de sílica mesoporosa. Após 24 horas de incubação do material mesoporoso com amostras de água coletadas, observou-se que o adsorvente nanoestruturado foi capaz de reduzir significativamente a presença dos fármacos. Observou-se eficiências de adsorção da ordem de 98% do cetoprofeno, 70% de ciprofloxacino e 100% da losartana. Com base nesses resultados, o emprego das SBA-16 mostrou-se como uma técnica promissora na remoção dessas substâncias. Assim, o desenvolvimento tecnológico como o emprego de nanotecnologia pode ser uma importante ferramenta para auxiliar na recuperação de ambientes aquáticos degradados. |