Potencial micotrófico de variedades de oliveira (Olea europaea L.) no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: SALOMÃO, Fabrício Rezende
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação: Mestrado - Meio Ambiente e Recursos Hídricos
Departamento: IRN - Instituto de Recursos Naturais
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://repositorio.unifei.edu.br/jspui/handle/123456789/1956
Resumo: A olivicultura tem apresentado posição de destaque no cenário econômico mundial, devido ao fato da azeitona e azeite de oliva fazerem parte da dieta alimentar de muitos países, inclusive o Brasil. A obtenção de um olival que apresente uma produtividade rentável está diretamente relacionada à sua formação, sendo importante que as práticas agrícolas sejam realizadas corretamente, atentando-se para o uso racional de corretivos e fertilizantes, bem como a utilização de outras técnicas de manejo que possibilitem o máximo desenvolvimento da planta. Estudos relacionados à ordem biológica na relação solo-planta vêm ganhando destaque na produção agrícola, principalmente quanto ao uso de microrganismos, como fungos micorrízicos arbusculares (FMAs). Os efeitos benéficos dos FMAs têm sido demonstrados tanto na formação de mudas como no estabelecimento em campo de vários cultivos. Apesar das pesquisas internacionais explorarem o potencial positivo dos FMAs na olivicultura, verifica-se uma grande escassez de trabalhos realizados no Brasil. De forma a ampliar os estudos realizados com as oliveiras brasileiras, o presente trabalho visou avaliar a formação micorrízica de diferentes variedades de oliveira (Olea europaea L.) presentes no banco de germoplasma da Fazenda Experimental de Maria da Fé – EPAMIG, bem como a sua capacidade de produção de propágulos. Para isso 17 variedades de oliveira foram selecionadas para avaliação do potencial micotrófico, onde foram também quantificados os propágulos de FMAs presentes na rizosfera, como micélio extrarradicular e esporos, em condições de campo. Houve resposta diferenciada das variedades de oliveira para a formação de micorriza e propágulos, com correlação significativa e positiva entre ambas. A intensidade de colonização radicular variou de 0,43% a 3,63%, sendo a variedade Ascolano USA aquela que apresentou maior intensidade de colonização por FMAs, em contraposição à variedade Tafahi, que apresentou o menor valor. A densidade de esporos variou de 13,6 a 80,3 esporos/50 g da amostra de solo, pertencendo aos gêneros Glomus, Acaulospora e Gigaspora. As espécies Glomus ambisporum e Acaulospora scrobiculata foram encontradas nos solos rizosféricos de todas as variedades analisadas. A variedade Ascolano 315 apresentou o maior potencial micotrófico, em virtude da maior intensidade de colonização radicular (3,63%) e comprimento do micélio extrarradicular total (5,51 mg⁻¹ de solo seco).