Reflexões metodológicas sobre a operação de sistemas hidrotérmicos de energia elétrica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: GARCIA, Marco Aurélio Raphul Azevedo lattes
Orientador(a): LAMBERT-TORRES, Germano lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Itajubá
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação: Mestrado - Engenharia Elétrica
Departamento: IESTI - Instituto de Engenharia de Sistemas e Tecnologia da Informação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.unifei.edu.br/jspui/handle/123456789/3810
Resumo: Existem três formas de um sistema hidrelétrico se proteger dos riscos hidrológicos e de carga: o primeiro é o armazenamento de água; o segundo é a complementaridade térmica; o terceiro é o aumento da elasticidade da demanda, com forte sinal de preço na geração. Historicamente, o uso de reservatórios foi a maneira de se proteger das incertezas. Nesta fase surgiram os conceitos de energia firme e período crítico, e o critério econômico tinha menor valor que o critério técnico. Com a entrada de alguma geração térmica, passou-se a operar o mesmo, segundo o critério das curvas-guia. A grande vantagem das curvas-guia é a transparência. Além disto, há uma certa isonomia entre os reservatórios, não permitindo que um se encontre totalmente esvaziado, enquanto o outro se encontra cheio ou quase cheio. Todos os reservatórios têm que estar na mesma faixa. Com a evolução dos modelos computacionais, o Brasil abandonou o critério anteriormente exposto, evoluindo para um com viés fortemente econômico, que se baseava nos custos da geração térmica e do déficit, além da expansão do parque gerador. A sofisticação dos modelos exigia uma simplificação da realidade física. Assim, esta segunda fase da operação eletro-energética no país não se preocupava com os aspectos de maximizar a geração hidrelétrica (que é o mesmo que minimizar a geração termelétrica), e garantir o nível de confiabilidade do suprimento. A crise de 2001 mostrou a fragilidade da confiabilidade do setor, impondo a criação da curva de aversão a risco, que nada mais é do que uma curva-guia, que, quando da existência de um armazenamento nos reservatórios inferior ao por ela estabelecido, determina o despacho de toda a capacidade térmica. Hoje, já se percebe a necessidade de outras curvas de aversão que determine o despacho de partes do parque gerador térmico, antes de se transgredir à curva de aversão atual. Isto nada mais é que o resgate das curvas-guia, só que ainda aplicadas ao reservatório equivalente. Neste trabalho é feita uma análise dos modelos conceituais utilizados pelo setor elétrico para operação de reservatórios e propõe-se o resgate das curvas-guia, através de um modelo de faixas operativas, que nada mais são do que curvas guias inteligentes, definidas através de algoritmos genéticos.