Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
SOUZA, Plínio Marcos Bernardo de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação: Mestrado - Meio Ambiente e Recursos Hídricos
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Departamento: |
IRN - Instituto de Recursos Naturais
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://repositorio.unifei.edu.br/jspui/handle/123456789/1072
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Resumo: |
A qualidade ambiental, em especial o conforto térmico, é fundamental para manter um ambiente de trabalho saudável e adequado. Com o advento das mudanças climáticas, o trabalho ao ar livre poderá sofrer uma piora em sua qualidade, gerando problemas de saúde e diminuição do desempenho do trabalhador. Por essa razão, avaliar como as mudanças climáticas influenciarão o desempenho e a saúde de trabalhadores é de fundamental importância socioeconômica. Nesse contexto, o objetivo deste trabalho é avaliar a influência das mudanças climáticas sobre as condições de conforto e estresse térmico de trabalhadores expostos ao ar livre. Esse estudo foi realizado com base na avaliação de oito principais índices de estresse térmico baseados em simulações numéricas a partir de projeções de dados meteorológicos fornecidos por oito modelos climáticos pertencentes ao Coupled Model Intercomparison Project Phase 5 (CMIP5). Foram utilizados os cinco cenários presentes no quinto relatório do IPCC (AR5): o historical, que baseia-se na representação do período presente (1979 – 2005); e os quatro cenários futuros de forçantes climáticas, denominados RCPs, baseados em estimativas de forçantes radiativas e de concentrações de CO₂ para as últimas décadas desse século (2071 – 2100). A partir dessas simulações foi realizada uma análise espacial e temporal dos índices de estresse térmico para a América do Sul, com base na média anual dos períodos analisados e na média dos oito modelos avaliados e, posteriormente, uma mais específica para as cinco regiões brasileiras (Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Norte e Nordeste). Os resultados obtidos mostram que as regiões da Amazônia Internacional, Argentina, Bolívia, Paraguai e Norte da Venezuela são as que possivelmente irão sofrer mais impactos decorrentes das mudanças climáticas, uma vez que são onde as projeções indicam maiores ocorrências das categorias de maior estresse térmico, podendo chegar a mais de 70 dias ano⁻¹ no final do século XXI. As projeções no Brasil apontam que as piores condições de estresse térmico são verificadas para o cenário RCP 8.5 na região Norte, onde verifica-se condições de elevado estresse térmico em 2100. Por fim, foi feito um estudo do impacto do estresse térmico sobre capacidade de trabalho de cortadores de cana-de-açúcar, do Brasil, no final do século XXI. Estima-se que estes trabalhadores deverão ter uma redução da sua capacidade de trabalho entre 25 a 50 % no final deste século. Assim, provavelmente trabalhadores expostos ao ar livre estarão sujeitos a piores condições de estresse térmico no final do século XXI, o que poderá causar impactos sobre a saúde e na capacidade de trabalho. |