Segregação socioespacial e acessibilidade em Itajubá/MG: uma contribuição para residentes de habitação de interesse social

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: RODRIGUES, Mariana Aparecida lattes
Orientador(a): LIMA, Josiane Palma lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Itajubá
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação: Mestrado - Desenvolvimento, Tecnologias e Sociedade
Departamento: IRN - Instituto de Recursos Naturais
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.unifei.edu.br/jspui/handle/123456789/2507
Resumo: Embora estudos de segregação e acessibilidade tenham evoluído nos últimos anos e também ganhado o interesse da academia e de planejadores públicos, ainda são temas tratados de forma isolada e na maioria das vezes em grandes cidades e metrópoles. A localização das Habitações de Interesse Social (HIS) é um grande problema social no Brasil, visto que são alocadas em lugares sem infraestrutura urbana e distantes de serviços e equipamentos públicos. Diante desse contexto, o trabalho objetiva analisar a relação entre a segregação socioespacial e a acessibilidade no município de Itajubá/MG destacando as Habitações de Interesse Social. Para a execução do trabalho, foi realizado um estudo de caso em que foi utilizada a análise geoespacial em um Sistema de Informações Geográficas (SIG) e técnicas estatísticas. Primeiramente, foram realizadas análises da segregação socioespacial e da acessibilidade, onde o resultado é a média dos valores normalizados obtidos em cada uma das variáveis consideradas. Os Índices de Moran Global e Local foram utilizados para testar a autocorrelação espacial das duas análises, e, por fim, foi aplicado o Coeficiente de Correlação de Pearson para analisar a correlação entre elas. Os resultados apontaram que os menores valores de segregação são de alguns setores censitários dos bairros Centro e Pinheirinho, seguido dos demais setores no entorno da área central. Os setores periféricos possuem os maiores valores de segregação, onde encontram-se, justamente, os dois residenciais de habitação social analisados. Em relação à acessibilidade, a situação é oposta, pois a região central possui os maiores valores em detrimento das regiões periféricas. O Residencial Vitória está localizado no setor com o maior valor de segregação socioespacial e o menor valor de acessibilidade, já o Residencial Esperança está na segunda classe com os maiores valores de segregação e na segunda classe com os menores valores de acessibilidade. Foi apontado que os resultados das duas análises têm forte autocorrelação espacial, ou seja, há grande tendência dos setores com baixa ou alta segregação serem contíguos a outros com igual característica, e os setores com baixa ou alta acessibilidade serem vizinhos a outros com os mesmos resultados. Evidencia-se também que possuem forte correlação negativa entre si em 73% dos setores, isto é, quanto maior o valor de segregação socioespacial em um setor menor o valor da acessibilidade para o mesmo, e vice-versa. A pesquisa apresenta implicações práticas, científicas e sociais contribuindo com os estudos da segregação socioespacial e da acessibilidade a partir de múltiplos critérios em cidades de médio porte.