Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
RIBEIRO, João Gabriel Martins
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Orientador(a): |
MATTOS, Enrique Vieira
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Itajubá
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação: Mestrado - Meio Ambiente e Recursos Hídricos
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Departamento: |
IRN - Instituto de Recursos Naturais
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.unifei.edu.br/jspui/handle/123456789/3542
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Resumo: |
Anualmente, tempestades que ocorrem no Sudeste do Brasil geram diversos transtornos à sociedade. Os Sistemas Convectivos de Mesoescala (SCM) geram perdas materiais e vidas humanas, por meio da produção de alagamentos, queda de árvores, granizos e relâmpagos. A distribuição espacial de relâmpagos e as propriedades destas tempestades possuem grande variação dentro desta região. No entanto, ainda há uma carência na literatura sobre o comportamento dos relâmpagos intranuvem e sua relação com as propriedades das tempestades. Assim, o presente trabalho visa caracterizar as ocorrências de relâmpagos entre 2015 e 2021 e avaliar as diferenças físicas e elétricas nos SCM com e sem relâmpagos entre 2015 e 2017 na região Sudeste do Brasil. Para isso foram utilizadas informações do satélite meteorológico Geostationary Operational Environmental Satellite (GOES-13), com informações de relâmpagos da Rede Earth Networks Total Lightning Network (ENTLN). A identificação e rastreamento dos SCM foi realizada empregando o algoritmo Forecast and Tracking the Evolution of Cloud Clusters (ForTraCC). A primeira etapa do trabalho consistiu na avaliação da distribuição espaço-temporal dos relâmpagos. Os máximos de relâmpagos ocorrem próximo às regiões montanhosas de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro (IN: 80 relâmpagos ano-1 km-2 e NS-: 18 relâmpagos ano-1 km-2), concentrados a partir do período da tarde (12:00 hora local), com máximo às 16:00 hora local (47 mil, 2300 e 73 ocorrências de relâmpagos IN, NS- e NS+), e principalmente nas estações de primavera e verão (valores máximos de: 4011, 1025 e 35 relâmpagos IN, NS- e NS+). O pico de corrente apresenta máximos na primavera e outono (~40 kA para os NS+) e menor quantidade no período de inverno (~20 kA dos NS-). Na segunda etapa, foram avaliadas as diferenças físicas e elétricas entre os SCM com e sem relâmpagos. As principais diferenças físicas e elétricas entre estes grupos mostram que os SCM sem relâmpagos possuem menor área (diferença de 1920 km2), duração (entre 30 e 60 min), taxa de expansão (40 x 10-6 s-1) e temperaturas mais altas (diferença de 11,5 K) que os SCM com relâmpagos. O comportamento do ciclo de vida dos relâmpagos mostra maiores ocorrências momentos antes da maturação (máximos de IN: 116, NS-: 21 e NS+: 0,75 ocorrências por 30 min). Estas análises são importantes para melhorar a previsibilidade destas tempestades e consequentemente a tomada de decisão, proporcionando a minimização dos prejuízos ligados aos efeitos danosos dessas tempestades. |