Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
LIMA, Neiva Furtunato Souza
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Orientador(a): |
SOARES, Daniel Cristian Ferreira
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Banca de defesa: |
GONÇALVES, José Augusto Costa
,
PEREIRA, Vinícius Viana
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Itajubá
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Programa de Pós-Graduação: |
PPG - Programas de Pós Graduação - Itabira
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Departamento: |
PPG - Programas de Pós Graduação - Itabira
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.unifei.edu.br/jspui/handle/123456789/3458
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Resumo: |
A temática dos contaminantes emergentes vem sendo abordada por pesquisadores do mundo todo, uma vez que apresentam risco potencial à saúde humana e ao meio ambiente. Dentre esses contaminantes, destacam-se os fármacos que são substâncias amplamente empregadas na saúde humana e veterinária. Seja por ingestão seguida de excreção ou descarte irregular, estes contaminantes acabam, por sua vez, atingindo redes coletoras de esgotos e mananciais de abastecimento, passando com facilidade pelas etapas convencionais de tratamento de água e esgoto, sem sofrerem degradação ou remoção. Assim, considerando a preocupação com a exposição a resíduos de fármacos, através da ingestão de água potável, este estudo avaliou a persistência dos fármacos losartana, amoxicilina, dipirona, paracetamol, cetoprofeno e ciprofloxacino em amostras de água de abastecimento no município de João Monlevade – MG. A metodologia empregada na quantificação dos fármacos foi baseada na técnica de cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE-DAD). As coletas de amostras de água foram realizadas em oito pontos no município de João Monlevade – MG e em dois períodos distintos. Os resultados das análises revelaram a presença dos fármacos losartana, amoxicilina, dipirona e paracetamol tanto nas amostras de água bruta quanto naquelas tratadas pela Estação de tratamento de água (ETA) Pacas. Os compostos com maior concentração em ordem decrescente foram a losartana (2,18 a 2,59 μg/mL), a amoxicilina (1,94 a 2,53 μg/mL), a dipirona (0,55 a 2,57 μg/mL) e o paracetamol (0,0020 a 0,031 μg/mL) para as amostras coletadas em janeiro de 2020. Já para as amostras coletadas em maio de 2021, os compostos com maior concentração em ordem decrescente foram a amoxicilina (1,80 a 2,37 μg/mL), a losartana (1,59 a 2,28 μg/mL), a dipirona (0,09 a 0,67 μg/mL) e o paracetamol (0,0016 a 0,0046 μg/mL). Os fármacos cetoprofeno e ciprofloxacino não foram detectados em nenhuma das amostras estudadas, dentro do limite de detecção da técnica utilizada. Não há dados disponíveis na literatura de que as concentrações encontradas possam causar efeitos nocivos à saúde humana. Entretanto, é importante considerar que ainda existem poucos estudos que abordam a respeito dos efeitos crônicos e da exposição a diferentes compostos para se afirmar que os níveis determinados são seguros. Neste estudo avaliou-se também a eficiência de remoção de três fármacos que apresentaram maiores concentrações em amostras de água, utilizando material adsorvente sintetizado em laboratório, baseado em nanopartículas de sílica mesoporosas (SBA-16), funcionalizadas com 3-Aminopropil-trietoxisilano (APTES). Após a incubação das amostras de água com material mesoporoso contendo APTES, verificou-se que o adsorvente nanoestruturado proposto foi capaz de reduzir significativamente a presença dos três fármacos. Com 27 horas de experimento, observou-se eficiência de adsorção da ordem de 92% da losartana. Já com 24 horas, ocorreram eficiências de adsorção de praticamente 100% da amoxicilina e da dipirona. De acordo com esses resultados, a utilização de SBA-16 com APTES mostrou-se uma alternativa promissora para a remoção de resíduos de fármacos em águas de abastecimento. |