Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
FREITAS, Aline Araújo
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Orientador(a): |
CARVALHO, Vanessa Silveira Barreto
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Itajubá
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação: Mestrado - Meio Ambiente e Recursos Hídricos
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Departamento: |
IRN - Instituto de Recursos Naturais
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.unifei.edu.br/jspui/handle/123456789/3290
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Resumo: |
Nos últimos anos, eventos climáticos extremos têm ocorrido com maior frequência, intensidade e duração, e são projetados a aumentarem no clima futuro. No Brasil, para o período de 1991 a 2012, o desastre natural que afetou o maior número de pessoas são as estiagens e secas. A Bacia Hidrográfica do São Francisco (BHSF) e a Região Hidrográfica do Paraná (RHP) estão entre as principais bacias hidrográficas do Brasil, destacando-se pela geração de energia e consumo, entre outros serviços ecossistêmicos. Portanto, como as secas podem desencadear tanto problemas econômicos quanto sociais, é importante identificar eventos hidrológicos de seca nessas bacias e quais os padrões climáticos anômalos associados a esses eventos. Utilizou-se dados de precipitação diária do Gauge-Based Analysis of Global Daily Precipitation (CPC) para calcular o Índice Padronizado de Precipitação (SPI) nas escalas de 1, 6 e 12 meses a fim de identificar eventos de seca na BHSF e na RHP; este índice utiliza séries históricas de precipitação para quantificar déficits de precipitação, em que valores negativos estão associados com episódios secos. A escala de 1 mês reflete condições de curto prazo e pode ser associado com secas meteorológicas, na escala de 6 meses o SPI pode ser utilizado para evidenciar a dinâmica das chuvas ao longo de diferentes estações e, em alguns casos, as secas nessa escala podem estar associadas com anomalias em vazões de rios e níveis de reservatórios, assim como verificado na escala de 12 meses, em que se tem representado padrões de precipitação de longo prazo. A escala de 12 meses foi utilizada para identificar episódios hidrológicos de seca ao longo da BHSF e da RHP entre 1979 e 2021. Para esses episódios, foram obtidas a severidade, duração, intensidade e pico, e o SPI-1 e SPI 6 foram analisados durante a seca mais longa e mais severa (identificada via SPI-12) para identificar períodos com condições anomalamente secas na estação chuvosa. Padrões atmosféricos e oceânicos anômalos associados a este episódio também foram analisados utilizando os dados da Reanálise ERA5 do European Centre for Medium-Range Weather Forecasts (ECMWF). Os resultados revelaram que o mais longo e severo episódio de seca hidrológica sobre a BHSF ocorreu entre 2012 e 2020, já na RHP do Paraná o evento se desenvolve desde 2016, ainda sem término até o final do período analisado. Na BHSF, as condições secas anômalas observadas durante a estação chuvosa deste episódio foram associadas a um sistema anômalo de alta pressão atuando próximo à costa do Sudeste do Brasil, dificultando a formação de sistemas precipitantes. Diferentes padrões de larga escala atuaram durante as condições de seca na RHP nos períodos analisados (2016/2017, 2019/2020 e 2020/2021), mas apresentando em comum o enfraquecimento dos jatos de baixos níveis inviabilizando o transporte de umidade para a bacia. Apesar da seca ser estudada de forma regionalizada no país, os resultados encontrados no presente estudo indicam eventos recentes de seca afetando diversas regiões do Brasil de forma simultânea. |