Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
SILVA, Sara Talita Sales
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Orientador(a): |
BARROS, Regina Mambeli
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Itajubá
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação: Mestrado - Meio Ambiente e Recursos Hídricos
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Departamento: |
IRN - Instituto de Recursos Naturais
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.unifei.edu.br/jspui/handle/123456789/3219
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Resumo: |
O Brasil apresenta potencial subaproveitado para geração de biogás e biometano. O biogás pode ser utilizado para geração de energia elétrica, para aquecimento ou quando purificado em níveis adequados à legislação, dando origem ao biometano, como combustível para abastecimento veicular. A substituição de combustíveis fósseis por este tipo de combustível reduz consideravelmente as emissões de gases de efeito estufa (GEEs). Pesquisas científicas nesta área são essenciais para o desenvolvimento e ampliação do uso deste combustível no País frente as contribuições do seu uso para a qualidade ambiental e para o retardamento do aquecimento global e das mudanças climáticas, além da necessidade econômica de encontrar fontes substitutas para fontes não renováveis. O uso de biogás para geração de eletricidade é uma prática mais difundida no Brasil, entretanto, o uso do biometano como combustível veicular é uma prática mais recente e, portanto, menos estudada. Este trabalho propôs analisar a viabilidade econômica do uso de biometano produzido a partir dos consórcios de aterros sanitários existentes na Região Sudeste do Brasil, considerando o seu uso para abastecimento veicular. Foram analisadas 508 cidades distribuídas em 50 consórcios de aterros sanitários dos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro. A viabilidade econômica foi verificada utilizando o Valor Presente Líquido (VPL) e a Taxa Interna de Retorno (TIR). Para fins de comparação, foram utilizadas duas formas distintas de cálculo para a precificação da venda do biometano; a primeira delas considerou a venda direta aos postos de abastecimento, enquanto que a segunda, considerou a venda por contrato aos mercados não térmicos. Para a primeira metodologia de precificação, dos 50 consórcios estudados, 6 não apresentaram viabilidade econômica para a comercialização de biometano veicular. Os consórcios com capacidade instalada inferior a 5.500 m³/dia foram àqueles inviáveis economicamente. A relação entre capacidade instalada e VPL encontrada foi de ordem linear, ou seja, quanto maior a capacidade instalada maior é o VPL dos projetos. Entretanto, a TIR dos projetos, a partir de um CAPEX (Capital Expenditure) de R$ 20 milhões se mantém constante, cerca de 35%, independente do aumento do CAPEX Já para a segunda metodologia de precificação, 14 dos consórcios não apresentaram viabilidade econômica para este fim, a TIR para esta precificação, se manteve constante a partir de um CAPEX de R$ 30 milhões cerca de 20%. Verificou-se também a redução de GEEs com a substituição do volume de biometano produzido pelos consórcios de aterros, ao longo dos 20 anos adotados neste trabalho, por óleo diesel; evita-se a emissão de 29,14 trilhões de toneladas de CO2eq. |