Síntese e caracterização de microesferas ferromagnéticas para utilização em hipertermia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: PASSOS, Esdras Duarte dos lattes
Orientador(a): QUEIROZ, Alvaro Antonio Alencar de lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Itajubá
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação: Mestrado - Materiais para Engenharia
Departamento: IEM - Instituto de Engenharia Mecânica
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.unifei.edu.br/jspui/handle/123456789/3214
Resumo: Uma variedade de procedimentos clínicos tem sido desenvolvido para a terapia do câncer durante o último século. O tratamento clássico do câncer inclui a retirada total do tumor e tecidos adjacentes em combinação com a quimioterapia, imunoterapia ou tratamento por radiação. O desenvolvimento da hipertermia trouxe um impulso adicional a terapia do câncer. No tratamento através da hipertermia as partículas magnéticas introduzidas nos tumores são aquecidas por indução através de um campo magnético em temperatura moderada (41-43 °C). As temperaturas que excedem 41 °C inativam as células cancerígenas preservando as células normais dos tecidos adjacentes. Devido as suas propriedades biocompatíveis, as microesferas poli (2-hidroxi metilmetacrilato) (PHEMA) e nanoesferas estão entre as mais promissoras transportadoras de partículas magnéticas. Uma importante área de nossa pesquisa de laboratório está focalizada na encapsulação de partículas magnéticas de Y3 Fe5-xAlxO12 (YFeAl) usando polímeros biocompatíveis para á produção da hipertermia. Quando microencapsulados os materiais magnéticos são protegidos de uma degradação enzimática extracelular e da citotoxicidade do YFeAl, devido a presença do metal. As microesferas poli (2-hidroxi metilmetacrilato) contendo as partículas policristalinas de Y3Fe5-xAlxO12 (0≤x≤2) foram preparadas pela polimerização da suspensão num grupo de reatores usando persulfato de amônio e etileno glicidil dimetacrilato EGDMA. As microesferas sintetizadas foram caracterizadas por difração de raios-X (XRD) e microscopia eletrônica de varredura (SEM). A temperatura Curie (Tc) foi determinada das medições de sensibilidade magnética nos limites de temperaturas de 223- 573 K. A curva derivada para o tamanho da distribuição determinada pela análise de diferencial granulométrico e a micrografia SEM por microesferas PHEMA/YFeAl mostraram monodispersibilidades (> 80%). A análise XRD revelou que as amostras de ítrio alumínio ferro garnet apareceram como uma só fase. A micrografia SEM de YFeAl revelou a presença de agregados de partículas finas irregulares. A temperatura Curie (Tc) de YFeAl estimada das curvas de magnetização decresceu com o conteúdo de alumínio provavelmente devido à redução do número de interação magnética principal. Os valores da Tc para as microesferas PHEMA contendo YFeAl nos limites de composição de 1.5≤x≤1.8 estavam próximos a temperatura ambiente, indicando que as microesferas sintetizadas são 14 materiais promissores para o tratamento por hipertermia. A fim de avaliar a possível influência das microesferas PHEMA/YFeAl nas células, testes de citotoxicidade foram realizados. Foi observado que as microesferas não afetaram a viabilidade das células ou a taxa de crescimento da cultura celular. Conforme os resultados obtidos neste trabalho, as microesferas PHEMA/YFeAl sintetizadas parecem ser um material promissor para o tratamento por hipertermia. As microesferas PHEMA/YFeAl modularam a liberação de 5- Fluoruracil (5-FU) das microesferas magnetizadas, evitando as altas concentrações da droga que pode causar severa toxicidade sistêmica. As microesferas carregadas PHEMA/YFeAl mostraram uma hiperemia não significante, apresentando uma baixa reação inflamatória após a implantação. Os resultados obtidos neste trabalho são promissores para o projeto do sistema de fornecimento da droga no qual é necessário controlar ambos, a quantidade total da droga liberada e o perfil cinético.