Remoção de ivermectina de matrizes aquosas aplicando biochar de casca de amendoim

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: RAMALHO JÚNIOR, Ralf Ricardo lattes
Orientador(a): ANDRADE, Sandro José de lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Itajubá
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação: Mestrado - Multicêntrico em Química de Minas Gerais
Departamento: IRN - Instituto de Recursos Naturais
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.unifei.edu.br/jspui/handle/123456789/3452
Resumo: A contaminação de matrizes no meio ambiente por compostos químicos é uma problemática inerente ao desenvolvimento humano, uma vez que a geração de resíduos químicos é proporcional ao avanço tecnocientífico da humanidade, surgindo então contaminações dos mais variados tipos e matrizes. Quanto às matrizes aquáticas, a classe dos contaminantes emergentes (CE), compostos que apresentam potencial efeito ecotoxicológico em concentrações baixas têm ganhado o foco de pesquisadores ao redor do mundo. A presença destes tipos de contaminantes ainda é agravada por sua persistência, uma vez que características físico-químicas podem contribuir para que tais compostos não se degradem naturalmente e nem por metodologias convencionais de estações de tratamento. Um exemplo de material para metodologia complementar de remoção desses contaminantes são os biochars. No presente trabalho, aplicaram-se amostras de biochar de casca de amendoim para a remoção de ivermectina, antiparasitário bastante representativo no mercado veterinário, em soluções aquosas. Para obtenção do material, aplicou-se o planejamento experimental Box-Behnken para que se explorassem tempo, temperatura de pirólise e tratamento da biomassa. O mesmo foi caracterizado pelas técnicas de espectroscopia em infravermelho com transformada de Fourrier (FTIR), que representou estiramentos característicos de ligações de grupamentos orgânicos relatados na literatura; Microscopia eletrônica de varredura (MEV), em que foi observado a variação morfológica dos tipos de biochar; Difração de raios X (DRX), que teve como resposta padrões de difração que variaram conforme o pré-tratamento da biomassa. Os ensaios de remoção foram monitorados por Cromatografia Líquida de Alta Eficiência e demonstraram que temperaturas superiores de pirólise e o pré-tratamento com ácido fosfórico podem favorecer a remoção de ivermectina. A taxa de remoção média, em ensaios com o material cuja obtenção foi otimizada em soluções fortificadas com ivermectina foi de cerca de 85%, fator corroborado pelas características do sólido obtido.