Avaliação da corrosão eletroquímica dos metais duros WC-Ni-Al, WC-Ni-Si e WC-Co produzidos por metalurgia do pó convencional

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: MATOS, Flávio Amaury de Freitas lattes
Orientador(a): CORRÊA, Edmilson Otoni lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Itajubá
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação: Doutorado - Engenharia Mecânica
Departamento: IEM - Instituto de Engenharia Mecânica
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.unifei.edu.br/jspui/handle/123456789/4018
Resumo: Os metais duros são formados pela associação de partículas de pó muito finas de carbonetos duros com metais tenazes. Geralmente são compostos por carboneto de tungstênio (WC), que proporciona elevada dureza e resistência ao desgaste, e cobalto, que aumenta a tenacidade do material. Devido a essa boa combinação de propriedades, podem ser aplicados em diversas áreas de engenharia, como usinagem, mineração e construção civil, diminuindo os custos e aumentando a vida útil de ferramentas, quando comparados ao aço convencional. O cobalto é o ligante mais utilizado nos metais duros devido à sua superioridade em relação aos outros ligantes em vários fatores, tais como: boa molhabilidade no WC, alta solubilidade do WC em cobalto na temperatura de sinterização e, sobretudo, a largura da janela de carbono. No entanto, diversas pesquisas em busca de ligantes alternativos ao cobalto têm sido realizadas, pois a resistência à corrosão dos metais duros convencionais de carboneto de tungstênio/cobalto não é satisfatória em certas aplicações, como nas indústrias química e de alimentos. Deste modo, este trabalho comparou o comportamento à corrosão dos metais duros WC-NiSi, WC-NiAl com o do metal duro convencional WC-Co. As amostras foram caracterizadas por microscopia óptica, microscopia eletrônica de varredura, espectroscopia de raios X por dispersão de energia, difração de raios X e ensaios de microdureza Vickers. As microscopias de todas as amostras apresentaram uma microestrutura típica de metal duro, com uma distribuição apropriada do ligante pelos grãos de WC facetados e sem a presença das fases indesejáveis grafita e η. A inserção de alumínio e silício ao ligante de níquel aumentou consideravelmente a dureza do metal duro, com a amostra com silício proporcionando valores de dureza similares ao do metal duro WC-Co. Todas as amostras apresentaram diminuições contínuas nas taxas de perda de massa durante o período de ensaio de corrosão por imersão, com a amostra de WC-NiAl apresentando a melhor resistência à corrosão neste ensaio. Nos ensaios eletroquímicos de potencial de circuito aberto, polarização potenciodinâmica linear e espectroscopia de impedância eletroquímica, as amostras com ligante de níquel apresentaram potenciais mais nobres, diminuição nos valores de densidade de corrente e uma impedância total superior a amostra com cobalto. A amostra de WC-NiAl apresentou a melhor resistência à corrosão, com a melhor resposta tanto no ensaio de imersão quanto nos ensaios eletroquímicos.