Análise da Camada Limite Planetária na Interface Água-Terra em reservatórios hidroelétricos.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: SIQUEIRA, Vanessa Almeida de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação: Mestrado - Meio Ambiente e Recursos Hídricos
Departamento: IRN - Instituto de Recursos Naturais
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://repositorio.unifei.edu.br/jspui/handle/123456789/950
Resumo: A energia eólica apresenta grande variabilidade temporal e espacial, sendo que um dos grandes desafios consiste em prever a variabilidade da potência eólica disponível de modo a aperfeiçoar o seu aproveitamento. Neste sentido, estudos sobre os perfis verticais de vento podem ter uma grande contribuição a este setor, dada a carência de dados observacionais desta variável em níveis próximos da altura típica de instalação dos aerogeradores. Assim, é de grande importância uma análise da Camada Limite Planetária, pois a estrutura da turbulência nesta camada depende das condições de estabilidade atmosférica. A partir de medições em 10 m, o vento foi extrapolado para o nível de 80 m pela Teoria da Similaridade de Monin-Obukhov, por três diferentes métodos de derivação do Comprimento de Monin-Obukhov (L): Método Sônico, Método Richardson Bulk e Richardson Gradiente. Foi investigado ainda qual método de obtenção da velocidade de fricção ajusta melhor o modelo de estimativa do vento no Reservatório de Furnas. Tendo em vista implementar e validar a rotina do cálculo de Richardson, dados de uma torre mantida pelo National Wind Technology Center (NWTC) foram utilizados. A partir de dados obtidos em uma torre anemométrica, um anemômetro sônico 3D, um balão cativo instrumentado com sensores de temperatura e umidade e pelo perfil do vento medido por um LIDAR instalado sobre uma plataforma flutuante no Reservatório de Furnas, foi possível determinar as condições atmosféricas locais. A teoria de Monin-Obukhov, embora desenvolvida a partir de medidas sobre a terra, foi considerada geralmente aplicável ao longo do mar aberto. Entretanto, ainda existem incertezas a respeito do emprego da mesma em locais onde o fluxo é influenciado pela proximidade da terra. Os modelos Sônico e Richardson Bulk evidenciaram maior porcentagem de condições instáveis sobre o Reservatório de Furnas, resultado confirmado por estudos anteriores, enquanto o modelo a partir do Número de Richardson Gradiente verificou predomínio de estabilidade. Os três métodos de derivação do comprimento de Monin-Obukhov apresentaram um baixo ajuste em condições de atmosfera estável. Os melhores resultados foram a partir dos métodos Sônico e Richardson Bulk. O método a partir do Número de Richardson Gradiente não apresentou boa aplicabilidade na região de estudo. Os melhores resultados foram observados com a aplicação da equação de estimativa do vento indepente da velocidade de fricção.