Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
HUGO, Andreza de Aguiar
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Orientador(a): |
LIMA, Renato da Silva
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Itajubá
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação: Doutorado - Engenharia de Produção
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Departamento: |
IEPG - Instituto de Engenharia de Produção e Gestão
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.unifei.edu.br/jspui/handle/123456789/4075
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Resumo: |
A indústria da moda é alvo de críticas ambientais e sociais, uma vez que é considerada uma das maiores poluidoras do mundo e muitos de seus trabalhadores estão sujeitos às condições precárias de trabalho e baixos salários. Tal situação, é reflexo do alto consumismo originado da própria cadeia de suprimentos da moda (CSM), que impõe uma produção em massa e um alto volume de produtos a preços baixos, operando, em sua grande maioria, no sentido da economia linear, principalmente impulsionado pelo surgimento do fast fashion. Por conta desses fatores, a sustentabilidade tornou-se um tema muito debatido na moda, principalmente a questão da transição para um modelo de produção circular. Logo, várias iniciativas de economia circular (EC) passaram a fazer parte de algumas empresas de moda, podendo ser encontrados negócios que já nasceram com a ideia da sustentabilidade enraizada e negócios que estão buscando se tornar eticamente e ecologicamente corretos. Entretanto, existem diversas barreiras que podem dificultar a moda circular e dentre elas, está a desconfiança do consumidor com relação à veracidade das atividades praticadas por essas organizações que se intitulam sustentáveis. Neste sentido, é importante que a sustentabilidade dessas empresas seja verificada, através de métodos e/ou modelos que mensurem suas circularidades. Assim, o objetivo deste trabalho é desenvolver o CFI - Índice da Moda Circular (Circular Fashion Index), gerado a partir da construção de uma ferramenta de avaliação da circularidade da CSM. Para o desenvolvimento do CFI, foi essencial identificar e elaborar indicadores de EC específicos para a CSM. Esses indicadores foram hierarquizados e divididos nas dimensões do triple botton line (ambiental, social e econômico), e foram priorizados utilizando o método da Análise de Decisão Multicritério, Analytic Hierarchy Process (AHP). A avaliação foi conduzida através de um questionário enviado para empresas de moda pré-selecionadas. Foram recebidas sete respostas de empresas que já nasceram sustentáveis. Além destas, também foram realizadas avaliações indiretas com duas empresas de fast fashion, grandes redes do varejo de moda, através da análise de seus relatórios de sustentabilidade. Os resultados dos CFIs apontam que a maioria das empresas são classificadas como média circularidade, pois nenhuma delas alcançou um índice maior ou igual a 0,8 (numa escala de 0 a 1). No entanto, três marcas receberam CFIs com valores próximos ao ideal (0,73; 0,72 e 0,71), o que indica que são necessárias poucas mudanças para a melhoria da circularidade. Além disso, mesmo não obtendo um CFI satisfatório, a maioria das empresas investigadas estão bem alinhadas com a questão social do tripé da sustentabilidade, uma vez que seus indicadores foram bem avaliados neste quesito. Assim, as principais contribuições desta tese estão na criação do CFI, que além de mostrar se a CSM avaliada pode ser considerada circular, também apresenta como base de sua elaboração, uma seleção inédita de indicadores de EC específicos para este setor. Estes indicadores também podem ser utilizados para identificação dos pontos de maior fraqueza da cadeia e de maior atenção para a melhoria da circularidade da moda. |