Escoamentos de gás em núcleos ativos de galáxias caracterizados através de linhas de alta ionização.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: RODRIGUES, Fábio Pinto de Vasconcellos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação: Mestrado - Física
Departamento: IFQ - Instituto de Física e Química
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://repositorio.unifei.edu.br/jspui/handle/123456789/763
Resumo: Este estudo situa-se no contexto de núcleos ativos de galáxias (AGNs). Na tentativa de compreender os mecanismos físicos que levam à atividade nuclear é importante estabelecer vínculos entre a evolução do AGN e sua galáxia hospedeira. Entender os processos de escoamentos de matéria do núcleo em direção ás regiões mais externas da galáxia ou da galáxia em direção ao núcleo é um passo fundamental. A análise da linha de [O III] nesses objetos tem sido amplamente utilizada, mas a essa linha se impõem algumas restrições. Neste trabalho investiga-se a hipótese de se utilizar linhas coronais (CLs) como [Fe VII] λ6086.6 e [Ne V] λ3425.5 para identificar e caracterizar escoamentos em AGNs. São analisados os espectros de uma amostra de 15 AGNs próximos (z < 0.03), sendo 7 do tipo Seyfert 1 e 8 do tipo Seyfert 2. Os objetos foram observados com espectrógrafo Goodman do telescópio SOAR, com resolução superior àquela obtida com dados SDSS (R = 3500) e excelente razão S/R (> 50). Com o código pPXF (penalized Pixel Fitting) foram feitos ajustes às linhas em emissão e elas foram parametrizadas por polinômios de Gauss-Hermite. Através dos dados assim obtidos foram analisadas a cinemática do gás e as razões de fluxos destas linhas. Entre os resultados, encontrou-se que as linhas coronais citadas sempre mostram valores indicadores de escoamentos mais claros que a própria linha de [O III]. Este resultado é mais claro nas Seyfert 1, indicando que as medidas são afetadas por efeitos de orientação. Por outro lado, concluiu-se que as razões de fluxo não são modificadas por esses efeitos, de tal forma que encontramos razões semelhantes para os dois tipos de Seyfert. Comparamos os resultados de nossa amostra com aqueles encontrados na literatura para as CLiFs (Coronal Line Forest AGNs), e nota-se que estas apresentam um maior fluxo para as CLs de ferro. De forma geral, conclui-se também que as linhas coronais de [Fe VII] λ6086.6 e [Ne V] λ3425.5 podem ser utilizadas em substituição da linha de [O III] λ5007 como indicadoras da presença de escoamentos.