Como se alimentar de controvérsias: rastreando conexões pela perspectiva do design e artesanato de São Bento do Sapucaí - SP.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: FREITAS, Paula Maria Areias de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação: Mestrado - Desenvolvimento, Tecnologias e Sociedade
Departamento: IRN - Instituto de Recursos Naturais
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://repositorio.unifei.edu.br/jspui/handle/123456789/1647
Resumo: Esta pesquisa se conforma a partir da reflexão crítica acerca da intervenção do Design no artesanato em conjunto com a compreensão do social na perspectiva da Teoria Ator-Rede na cidade de São Bento do Sapucaí. Seu objetivo é compreender como se estabelece a rede do artesanato local, cartografar e relatar as principais controvérsias observadas e, por fim, identificar e analisar como se dá a relação Design e artesanato em São Bento do Sapucaí. Por se tratar de uma pesquisa de caráter interdisciplinar, a construção teórica teve por base a Teoria Ator-Rede, principalmente, pela abordagem de Bruno Latour em paralelo com a construção do panorama histórico do Design e artesanato até a constituição de ambos em uma relação. A construção metodológica dessa pesquisa utiliza do aporte teórico/metodológico da teoria de Latour e da potencialidade em traduzir dados graficamente por meio do Design Gráfico. A partir dessa estratégia, foi possível cartografar e dispor em redes os dados obtidos nas entrevistas decorrente da observação e vivência em campo, de modo a trazer um novo “olhar” a partir do Design para a interpretação desses dados. Ao analisar os casos onde se estabelece a relação da interferência do Design no artesanato, tem-se como principais resultados tensionamentos que acometem essa relação, principalmente, no que se refere ao Design como área de conhecimento qualificada e, portanto, caracterizada como “salvacionista” capaz de oferecer ao artesão novas possibilidades de pensar seu ciclo de produção e de se posicionar mercadologicamente, desconsiderando o seu “saber” e “fazer”. No entanto, também a partir dos casos levantados, foram identificadas oportunidades de se trabalhar o Design dentro dessa relação para além de sua afetação direta no ciclo de produção de artefatos e, que se apresenta como uma troca mais benéfica para ambos.