Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
CARNEIRO, Priscila Alves |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação: Mestrado - Engenharia de Energia
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Departamento: |
IEM - Instituto de Engenharia Mecânica
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://repositorio.unifei.edu.br/jspui/handle/123456789/1781
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Resumo: |
O crescimento populacional e a elevação do poder aquisitivo em virtude do desenvolvimento econômico impulsionam o aumento gradativo de produção de resíduos gerados a cada ano. O descarte destes resíduos representa um grande desafio econômico e ambiental. A reciclagem de resíduos plásticos é uma solução para minimizar o seu descarte e garantir uma melhoria ambiental, porém o alto consumo de energia encarece o processo. Este estudo analisa as diversas tecnologias para geração de energia utilizando resíduos urbanos que poderá ser utilizada para reciclar resíduos plásticos, além de apresentar modelos de gestão para o município. Inicialmente foi realizado um levantamento e análise da composição física dos resíduos, o qual permitiu encontrar o percentual de plásticos (12,9%) dispostos diariamente pela população. Dados sobre equipamentos utilizados na reciclagem de plásticos foram essenciais para obtenção da demanda energética necessária ao processo tanto para plástico mole e PET (2,12 GJ/tonelada) quanto para plástico duro (0,11 GJ/tonelada). Em posse do percentual de plásticos a ser reciclados e da quantidade de energia elétrica necessária verificou-se a possibilidade de reciclagem utilizando a energia gerada por diferentes tecnologias através dos resíduos no município. A energia elétrica gerada pela utilização do biogás proveniente da matéria orgânica, ao aplicar um estudo de caso no município de Itajubá MG, possível de se obter no aterro sanitário (11,7 GJ diários) e se for utilizado biodigestores (14,9 GJ diários) é suficiente para suprir a demanda energética necessária para reciclagem dos plásticos duros (0,17 GJ diários), bem como os plásticos moles e PET (10,98 GJ diários) descartados diariamente neste município. Com relação aos processos que utilizam a porção seca (matéria orgânica seca, restos de podas e outros) dos resíduos urbanos, incineração e gaseificação, foram obtidas energia elétrica (13,6 GJ, 12,5 GJ) e térmica (158 GJ, 35,7 GJ). Através da análise dos resultados tem-se que para Itajubá-MG, a configuração para melhor aproveitamento energético e gestão ambiental dos resíduos seria o aproveitamento da matéria orgânica, constituída de restos de alimentos, em biodigestores, o que geraria aproximadamente 12,9 GJ de energia elétrica; restos de podas em gaseificadores, gerando 12,5 GJ de eletricidade e materiais contaminados com material orgânico levados aos incineradores, gerando 5,3 GJ, ficando o aterro sanitário para deposição dos resíduos inertes. A reciclagem de resíduos plásticos pós-consumo utilizando energia reciclada dos resíduos descartados em um município e uma melhor gestão destes, além de acarretar um ganho social e ambiental, vem contribuir para a solução de problemas relacionados à destinação final dos resíduos e consequentemente para o aproveitamento da energia elétrica gerada por essas tecnologias, que ao ser vendida à concessionária local tem seu preço reduzido a metade xi além de não incidir imposto tornando a viabilidade econômica bem menor do que sua utilização, o que incentiva a instalação de unidades de reciclagem nas proximidades de uma comunidade garantindo uma maior sustentabilidade ao município em que o projeto venha a ser implantado. |