Análise da vulnerabilidade ambiental como subsídio à gestão de recursos hídricos: estudo de caso da bacia hidrográfica do Ribeirão do Lage/MG

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Damasceno, Tatiane Batista lattes
Orientador(a): Vieira, Eliane Maria lattes
Banca de defesa: Marques, Glaucio Marcelino lattes, Freitas, Ana Carolina Vasques lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Itajubá
Programa de Pós-Graduação: PPG - Programas de Pós Graduação - Itabira
Departamento: PPG - Programas de Pós Graduação - Itabira
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.unifei.edu.br/jspui/handle/123456789/2411
Resumo: A gestão dos recursos hídricos em uma bacia requer o conhecimento dos conflitos sobre estes. Neste sentido, a análise da vulnerabilidade ambiental em bacias hidrográficas é uma importante ferramenta no planejamento ambiental estratégico. Este estudo tem como principal objetivo realizar a análise de vulnerabilidade ambiental emergente associada à disponibilidade hídrica da Bacia Hidrográfica do Ribeirão do Lage-MG (BHRL), da UPGRH do Rio Caratinga-MG de forma a auxiliar a tomada de decisão no gerenciamento dos recursos hídricos nesta bacia a partir da análise multicritério mediante o uso do sistema de informação geográfica (SIG). Para a elaboração do mapa de vulnerabilidade ambiental da bacia, foi empregada a hierarquia nominal de fragilidade, representada por classes, de acordo com seu grau de vulnerabilidade para os componentes: Uso e Ocupação do Solo, Declividade, Erosividade da Chuva, Classes de Solos e Classes de Dissecação do Relevo, atribuindo valores, de forma que, quanto maior o valor da classe, maior o grau de vulnerabilidade. Na segunda fase do estudo, realizou-se a análise do gerenciamento dos recursos hídricos na bacia por meio de aferição de dados de outorgas e usos insignificantes concedidos pelo órgão ambiental competente. Foram calculados os valores de Q7,10 da foz de cada segmento da hidrografia da bacia com outorgas concedidas, obtidos a partir do procedimento de regionalização de vazões utilizando o método de deflúvios superficiais no Estado de Minas Gerais e a partir das vazões encontradas calculou-se os índices de conflito pelo uso da água na gestão dos recursos hídricos (Icg) da BHRL. Os resultados indicam que as condições de uso e ocupação do solo da BHRL, apresenta uma forte presença da cafeicultura e pecuária e junto aos processos de morfogênese e pedogênese, com a alta declividade e dissecação do relevo são os principais fatores de fragilidade ambiental desta bacia, propiciando maiores escoamentos superficiais, processos erosivos e arraste de sedimentos até o leito do Ribeirão do Lage, podendo acarretar assoreamentos e também modificações na qualidade e quantidade de água disponível. Porém, a categoria das classes de solos torna-se um potencial ambiental favorável devido a predominância de Latossolos, sendo solos mais resistentes a estas erosões. Espacialmente, nota-se que os segmentos de rio com vazão outorgada superior à vazão mínima de referência e os demais segmentos se encontram em áreas com índice de vulnerabilidade ambiental emergente forte (4). O que indica a necessidade de elaboração, de ações junto ao Plano de Bacia, melhorando estrategicamente o gerenciamento de recursos hídricos local, o que possibilitará o desenvolvimento da agricultura com práticas agrícolas mais conservacionistas e com ações de recuperação de áreas degradadas. Contribuindo assim, para uma maior articulação entre os comitês de bacias e o poder público, bem como a população diretamente envolvida para que haja negociação e construção de um ambiente de gestão, de intermediação entre agentes públicos, privados e sociedade civil criando um gerenciamento dos recursos hídricos coerente com a gestão territorial local.