Epidemiologia da Esquistossomose no Município de Itajubá - MG.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: RIBEIRO, Adeylson Guimarães
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação: Mestrado - Meio Ambiente e Recursos Hídricos
Departamento: IRN - Instituto de Recursos Naturais
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://repositorio.unifei.edu.br/jspui/handle/123456789/899
Resumo: A melhoria da qualidade de vida da população está ligada ao controle de diversas doenças e, entre elas, destaca-se a esquistossomose, que é um grande problema de saúde pública, principalmente em áreas tropicais e subtropicais. Mas embora o clima tropical seja importante para a sua ocorrência, as características do meio ambiente e os aspectos sociais e econômicos é que exercerão um papel fundamental na sua transmissão. Segundo informações da Secretaria da Saúde do município de Itajubá, têm ocorrido notificações de casos da doença nos últimos anos, havendo uma manutenção de área de foco no município. Sendo assim, este trabalho teve como objetivo analisar os fatores determinantes para a ocorrência e permanência da esquistossomose no município de Itajubá. Inicialmente, com auxílio do Sistema de Informações Geográficas (SIG), foi realizada uma análise espacial da distribuição dos casos de esquistossomose e uma delimitação da área de alagamento do rio Piranguçu próxima a estes casos, sendo em seguida aplicado um questionário a uma amostra de 140 pessoas residentes nos bairros considerados como área de risco para a doença. Análises univariadas foram realizadas com o auxílio do Epi-Info 3.5.1™ (CDC, 2008), visando identificar as variáveis significantes para a ocorrência do agravo com valor de p < 0,20, fundamentado no teste da razão da máxima verossimilhança, que também foi utilizado para testar as variáveis mais significantes no modelo final. Da amostra analisada neste estudo, 50,7% afirmaram não ter conhecimento sobre o que é a esquistossomose e o modelo encontrado para esta variável dependente revelou que a chance de ter este conhecimento aumenta à medida que há um aumento da idade e do grau de escolaridade. Obteve-se também que 64,3% das pessoas não conhecem as formas de prevenção da doença, mesmo residindo em área de risco, sendo os hábitos de pescar e atravessar córrego ou alagamento as variáveis comportamentais mais significantes para a ocorrência da doença. O destino inadequado dos dejetos das instalações sanitárias foi identificado como uma variável ambiental de grande importância, visto que, 17,1% das residências visitadas eliminam seu esgoto diretamente no rio ou este corre a céu aberto, havendo contaminação de coleções hídricas. Desta forma, identificou-se que a ocorrência da doença está relacionada a dois fatores básicos: a presença de descarte inadequado de dejetos das instalações sanitárias nas áreas de risco e uma grande desinformação das pessoas residentes nesta área em relação à esquistossomose e a importância do papel da água na sua transmissão. Com este trabalho pretendeu-se contribuir com informações epidemiológicas e socioambientais relevantes, para subsidiar as autoridades sanitárias na elaboração de programas preventivos, para eliminação da área de foco no município.