Síntese e caracterização de Géis O-Carboximetil Quitosana/PVA/Nanoparticulas de Prata (AgNPS) para tratamento de queimaduras.
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Ciências e Tecnologia - CCT PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E ENGENHARIA DE MATERIAIS UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/35752 |
Resumo: | A queimadura, termo definido como lesão tecidual provocada pelo calor, é um grande desafio para saúde pública no Brasil e no mundo. Sua ação provoca além da perda tecidual, a possibilidade de infecção gerada pela lesão e por microrganismos, os quais, podem agravar o quadro clínico do paciente caso não sejam devidamente tratados. Portanto, diversos estudos têm sido realizados em busca do desenvolvimento de produtos à base de polímeros que auxiliem no controle da umidade e atividade antimicrobiana da lesão, assim como promovam a cicatrização, reepitelização e prevenção de infecções em pacientes. Dentre estes produtos estão os géis compostos por polímeros sintéticos e/ou naturais. Neste trabalho foi feito o uso de dois polímeros biodegradáveis, um natural (O-carboximetilquitosana) e outro sintético (PVA), associados a nanopartículas de prata (AgNPs). Dessa forma, nanopartículas de prata foram sintetizadas pelo método de redução química de íons de prata com borohidreto de sódio (NaBH4). Em relação aos géis, foram obtidos e estudados géis O-CMQ/PVA/AgNPs através do emprego de soluções PVA/AgNPs em diferentes proporções. As AgNPs foram caracterizadas por espectroscopia UV- Vis, Espalhamento Dinâmico de Luz (DLS), Potencial Zeta, Microscopia de Força Atômica (AFM), Microscopia Eletrônica de Varredura por Emissão de Campo (MEV- EC) e Difração de Raios X (DRX). Propriedades térmicas, químicas e reológicas dos géis O-CMQ/PVA foram estudadas através de ensaios de perda de massa por gravimetria, degradação por Espectroscopia UV-Vis, Análises termogravimétricas (TGA), Espectroscopia no Infravermelho por Transformada de Fourier (FTIR) e análises reológicas, respectivamente. As propriedades antimicrobianas e citotoxicológicas (Método de difusão em ágar e MTT) das AgNPs, géis O-CMQ/PVA e O-CMQ/PVA/AgNPs foram avaliadas. Como resultados, AgNPs-PVP triangulares com tamanho médio de 38,17±1,37 nm, estáveis e monodispersas (inalteradas durante o período de 1 mês) foram obtidas, não apresentando toxicidade contra células L929 nem atividade antimicrobiana contra as cepas de S. aureus (ATCC 25923) e E. coli (ATCC 25922). Géis O-CMQ/PVA apresentaram baixa perda de umidade, tempo de degradação de 1 dia, comportando-se como fluido newtoniano. Os géis e extratos O-CMQ/PVA/AgNPs não apresentaram toxicidade em nenhuma de suas composições, em contrapartida, não foram observadas atividade antimicrobiana dos mesmos contra as cepas de S. aureus e E. coli. Isto posto, foram obtidos géis O-CMQ/PVA/AgNPs atóxicos, com propriedades reológicas, físicas e químicas promissoras para o emprego no tratamento de queimaduras e lesões em geral, no entanto, estudos microbiológicos envolvendo a concentração de AgNPs devem continuar sendo realizados para proporcionar o controle microbiológico durante sua aplicação. |