Avaliação de implantes de polimetilmetacrilato (PMMA) para procedimentos de bioplastia.
Ano de defesa: | 2014 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Ciências e Tecnologia - CCT PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E ENGENHARIA DE MATERIAIS UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/347 |
Resumo: | O culto à beleza está em evidência no Brasil e no mundo, levando ao crescente aumento de técnicas e procedimentos para corrigir defeitos estéticos e minimizar os efeitos do envelhecimento. Diversas substâncias preenchedoras com fluidos de alta viscosidade ou partículas de polímeros em suspensão têm sido utilizadas em larga escala em procedimentos cosméticos e correção de lipodistrofia de pacientes HIV positivos, submetidos à terapia antirretroviral de alta atividade. O uso de polimetilmetacrilato (PMMA) como substância de preenchimento dérmico tem crescido vertiginosamente, assim como o número de reações adversas decorrentes de seu uso. O PMMA vem sendo utilizado, amplamente como matéria prima na fabricação de diversos dispositivos e produtos médicos desde a década de 40, especialmente em função de sua biocompatibilidade, entretanto, ainda há carência de informações e estudos sobre migração e resposta inflamatória das substâncias comercializadas no Brasil para fins de preenchimento dérmico. Este trabalho teve como objetivo avaliar as características físico-químicas de implantes de PMMA comercializados no Brasil para procedimentos de bioplastia, em três apresentações comerciais do produto com diferentes concentrações, visando delimitar limites aceitáveis para fins de registro destes produtos na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), com foco na segurança sanitária. As amostras foram caracterizadas por Difração de Raios X (DRX), Espectroscopia na região do infravermelho com transformada de Fourier (FTIR), Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV), Espectroscopia por Energia Dispersiva de Raios X (EDS), análise de Calorimetria Exploratória Diferencial (DSC), caracterização por Microscopia Óptica (MO). A técnica de DRX mostrou comportamento semicristalino do PMMA. Com a técnica de FTIR constatou-se os grupos funcionais presentes nos implantes. Por meio das técnicas de MO e MEV foi possível perceber a não homogeneidade em relação ao tamanho das microesferas de PMMA. Pôde-se concluir com os resultados de DSC que o pico endotérmico aumentou de acordo com as variações de concentração do PMMA. A partir dos dados obtidos neste trabalho constata-se que o consumidor está sujeito a riscos, visto que a irregularidade das superfícies e variações nos tamanhos das microesferas pode ocasionar reações adversas, em função da fagocitose das microesferas com tamanho inferior a 20 μm. O crescente uso das técnicas de preenchimento com implantes de PMMA, bem como sua indicação para uso em demais especialidades da medicina, o coloca como material a ser ainda amplamente estudado nas mais diversas aplicações do produto na área médica. |