Comportamento da tuberculose humana no Rio Grande do Norte e pesquisa de Mycobacterium spp. em quijos de coalho comercializados no Município de Caicó - RN, Brasil.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: MEDEIROS, Giovanni Brito de.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Saúde e Tecnologia Rural - CSTR
PÓS-GRADUAÇÃO EM ZOOTECNIA
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/4070
Resumo: A tuberculose (Tb) é mundialmente uma das 10 principais causas de morte humana e é tida como a principal causadora de óbitos por um único agente infeccioso. As Américas representam 3% da prevalência mundial da doença e se atribui que 33% dos casos notificados neste continente são no Brasil. Esse, é um dos 22 países priorizados pela OMS, que juntos representam 80% da ocorrência mundial desta bacteriose. Uma das formas da doença é a Tuberculose zoonótica, cujo agente causador é o M. bovis, cuja principal via de transmissão para a população humana é por meio do consumo de leite e derivados (queijos e iogurtes) elaborados sem a adoção de Boas Práticas Agropecuárias (BPAs) e de Fabricação (BPFs). O presente trabalho disserta sobre dois assuntos: No Capítulo primeiro, aborda-se o comportamento da tuberculose humana no estado do Rio Grande do Norte, Brasil, no período de 2008 a 2017, por meio de estudos descritivo e retrospectivo, avaliando-se a incidência anual da tuberculose no Estado e ocorrência de suas formas clínicas. Utilizamos dados primários obtidos junto ao Programa de Tuberculose no Rio Grande do Norte – SUVIGE/SESAP-RN (fazer a mesma descrição que vc fez acima com BPAs); e de dados secundários, colhidos junto ao Sinan/Ministério da Saúde. Como resultado, observou-se haver divergência entre os coeficientes de incidência calculados com os dados primários daqueles que estão publicados em Boletins Epidemiológicos: 37,1 a 27,0, por grupo de 100 mil hab; além disso, a doença apresentou tendência linear de crescimento no Rio Grande do Norte. Recomendado-se medidas amplas de proteção à população e ao meio ambiente, associadas ao fortalecimento dos serviços de saúde para que se consiga atingir as metas propostas no programa End TB, sejam de controle e/ou de erradicação. O Capítulo seguinte, avaliou-se s qualidade microbiológica do queijo de coalho comercializado no município de Caicó-RN, pesquisando-se a presença de Mycobaterium spp. Por meio de cultivo bacteriano e diagnóstico molecular. Foram analisadas 50 amostras de queijo de coalho obtidas aleatoriamente no comércio local, sendo: 35 elaboradas a partir de leite cru (artesanal) e 15 com leite pasteurizado (industrializado), das quais se extraiu materiais que foram submetidos a processos: para obtenção de DNA; cultivo (Stonebrink); PCR convencional para pesquisa de M. bovis; e, finalmente, nested-PCR para Mycobacterium spp. Na pesquisa laboratorial, não se conseguiu isolar micobactérias tuberculosas nos queijos estudados. Porém, detectou-se que duas amostras (4%) apresentaram crescimento de micobactérias não tuberculosas (MNT) em meio de cultura, que através de diagnóstico molecular apresentaram identidade com hsp65 de: Mycobacterium lehmanii (ID da sequência: KY933786.1, valor e: 2e-133, identidades: 312/363 [86%]); e Mycobacterium rutilum (ID da sequência: LT629971.1, valor e: 3e-108, identidades: 331/371 [89%]), apontando-se como indicativos de contaminação ambiental. Há na literatura resultados publicados sobre micobacterioses em humanos causadas por agentes com alta similaridade genética aos encontrados neste estudo, bem como infecções em tecidos animais. Conhecendo-se as características das MNT, considerando-as como microrganismos emergentes e de natureza ubíqua, sugere-se maior atenção na cadeia produtiva de queijos, tanto nas boas práticas agropecuárias (BPAs) quanto nas boas práticas de fabricação de alimentos (BPFs).