Modernização tardia e desigual: o processo histórico de inovações tecnológicas na agricultura brasileira.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1983
Autor(a) principal: LIMA, Severino José de.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Humanidades - CH
PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/3043
Resumo: Há tempos sentiu-se a necessidade de se fazer uma revisão dos diversos trabalhos sobre à história da agricultura em geral, e da agricultura brasileira em particular. Procurou-se então, sintetizar essa história retalha da nos diversos estudos de autores nacionais e estrangeiros, estudos esses, geralmente sobre história econômica, buscando-se dar um enfoque que desse coerência metodológica ao conjunto. A necessidade desse estudo, evidentemente, partiu da preocupação de se realizar uma investigação das transformações recentes verificadas na agricultura,em termos de mecanização, quimificação e biologização. Preocupou-se em realizar um estudo mais geral: as causas, as determinantes gerais dessa modernização, que chamou-se de tardia e desigual, para caracterizá-las e localizá-las no espaço e no tempo. A trajetória do estudo prendeu-se ao processo histérico das inovações tecnológicas na agricultura, delimitando-se nas transformações ocorridas na agricultura brasileira, como resultado visível do processo de acumulação mundial do capital, conduzido por contradições originadas nas múltiplas esferas do capital em geral, no âmbito das condições históricas, conjunturais ou estruturais, favoráveis ao surgimento de fontes de sobre lucros ou manutenção delas. O texto esta dividido em quatro capítulos. No primeiro capítulo, trata-se da fundamentação teórico-metodológica, com a qual procura-se dar suporte analítico ao corpo do texto. No segundo capítulo, estuda-se o conjunto de fatores conjunturais e estruturais dos antecedentes inovativas na agricultura, localizando-os e caracterizando-os em três longos ciclos de expansão econômica que compreenderam dois momentos distintos da divisão internacional do trabalhos a fase do capitalismo de livre concorrência, caracterizado pela internacionalização do capital mercadoria, e a fase do capitalismo imperialista clássico, caracterizado pela internacionalização do capital dinheiro. Estes dois primeiros capítulos formam o corpo introdutório do texto. Permitem visualizar o processo histórico das relações agricultura e acumulação mundial, o conjunto de determinações gerais engendradas nas contradições surgidas, circundadas ou superadas nas diversas esferas do capital em geral. No terceiro capítulo, estuda-se o conjunto de relações hierárquicas entre agricultura e indústria no plano interno e externo, enfocando-as a partir de um quadro geral de relações entre o processo de acumulação mundial e a industrialização no Brasil, bem como suas repercussões na agricultura. No quarto capítulo, finalmente, estuda-se a industrialização tardia como manifestação da divisão internacional do trabalho, e suas manifestações na agricultura brasileira, como resultante do conjunto de contradições engendradas nas múltiplas esferas do capital, no seu processo de acumulação, reprodução e valorização, tanto no plano interno, bem como no plano externo. Essas manifestações estão expressas no processo de modernização desigual da agricultura brasileira,nos últimos anos, consolidado por força dos fluxos massivos de capitais, conduzidos pela liderança das firmas multinacionais.