Estudo de eventos climáticos extremos na Amazônia Ocidental e seus impactos na hidrovia rio Madeira.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: LIBERATO, Ailton Marcolino.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN
PÓS-GRADUAÇÃO EM METEOROLOGIA
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/3058
Resumo: A presente pesquisa teve por objetivo estudar os eventos climáticos extremos na Amazônia Ocidental (Acre, Amazonas, Roraima e Rondônia) e seus impactos no fluxo de carga na hidrovia Rio Madeira. Foram utilizados dados fluviométricos, precipitação e temperatura da superfície do mar (1990 a 2014). E aplicado o índice de chuva padronizado para classificar os anos secos na região. Os anos de 1997/1998, 2004/2005 e 2009/2010 foram classificados como anos muito secos. Os eventos de 1997/1998 e 2009/2010 apresentam características similares no Pacífico, com as condições de El Niño seguidas por uma rápida transição para condições de La Niña. Todos os três eventos foram marcados por TSM excessivamente quentes do Atlântico tropical norte. Particularmente em 2010, as temperaturas do mar atingiram os valores mais elevados na história na região do Atlântico tropical norte, que podem ter contribuído para o estabelecimento de uma circulação local meridional (célula de Hadley), com movimento vertical ascendente sobre o Atlântico norte e movimento vertical descendente (subsidência) sobre a Amazônia. A combinação das condições de El Niño no Pacífico com o aumento da TSM no Atlântico tropical norte reforçam as condições de subsidência sobre a Amazônia, as quais são desfavoráveis para ocorrência de precipitação. Em termos de extensão espacial da seca sobre a região Amazônica, a do ano de 1998 apresentou a maior área com déficit anormal de precipitação, seguido pelo ano de 2010 e, finalmente, pelo ano de 2005, quando as condições secas se restringiram à região sudoeste da Amazônia. Observou-se também redução no fluxo de carga na hidrovia Rio Madeira nos meses de julho, agosto e setembro de 2010.