Antígona e Ismene: as diferentes representações da mulher na tragédia de Sófocles.

• Ano de defesa: 2024
• Autor(a) principal: OLIVEIRA , Jorge Wesley Batista.
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande; Brasil; Centro de Formação de Professores - CFP; PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS EM REDE PROFLETRAS (UFRN); UFCG
• Palavras-chave em Português: Literatura grega clássica; Tragédias de Sófocles; Mulheres sofoclianas; Antígona e Ismene - Personagens; Mulher - Personagem literária; Grécia clássica; Classical Greek literature; Tragedies of Sophocles; Antigone and Ismene - Characters; Woman - Literary character; Classical Greece; Letras - Língua Portuguesa.
• Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/38184

O presente trabalho analisa as personagens Antígona e Ismene, na tragédia Antígona, de Sófocles, que constitui o corpus de nossa pesquisa. Dessa forma, temos como principal objetivo compreender os papéis demarcados por essas duas personagens da citada obra. Para atingir esse propósito, discutimos a função social das mulheres gregas contemporâneas a Sófocles, com o intuito de estabelecer confrontos entre as personagens ficcionais femininas, protagonistas ou não, da obra desse autor, e as mulheres históricas da Grécia Clássica. O nosso trabalho justifica-se, então, pela observação de que, enquanto na limitada democracia da polis a mulher não é cidadã nem protagonista, na tragédia de Sófocles, embora não seja socialmente equiparada ao homem, é alçada à condição de protagonista, tornando-se heroína trágica. A metodologia desta pesquisa é de natureza básica, bibliográfica e qualitativa, e envolve, portanto, a consulta a obras de teor crítico e teórico e objetiva a análise e interpretação das ações e do caráter das citadas personagens. Para tanto, utilizamos como principais fontes de estudos históricos Giordani (1992), Pomeroy (1995) e Martin (1998), além de Aristóteles (1997), Lesky (1976), Jaeger (2001), Romilly (2008) e Castro (2011), como apoio teórico ao estudo da tragédia, e à análise da obra de Sófocles. Com isso, a nossa pesquisa nos proporcionou entender os papéis dessas duas mulheres sofoclianas: Antígona é uma heroína trágica, cujos grandes feitos lhe rendem amargas consequências; e Ismene, recusando-se a agir, representa a visão da mulher frágil, sem direito à cidadania, conforme os códigos políticos, sociais e ideológicos da Grécia Clássica.