Impactos e modificações em agroecossistemas cultivados com milho e algodão irrigados com água residuária tratada.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: AZEVEDO, Márcia Rejane de Queiroz Almeida.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN
PÓS-GRADUAÇÃO EM RECURSOS NATURAIS
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/12035
Resumo: Com o objetivo de se avaliar os impactos e modificações no meio edáfico e sobre duas culturas causados pela irrigação com água residuária tratada e adubação química nitrogenada de fundação e cobertura, desenvolveu-se esta pesquisa nas dependências da Estação de Tratamento de Esgotos (ETE) da Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (CAGEPA), em Campina Grande, PB, cujas culturas foram milho forrageiro hibrido, cultivar AG 1051, e algodão herbáceo, cultivar BRS 187 8H; para o Experimento I (milho), utilizou-se o delineamento experimental de blocos ao acaso em que o fatorial foi [(2x5) +2], e, os fatores: dois tipos de água de irrigação (residuária tratada e abastecimento), cinco doses residuais de adubação química nitrogenada (0, 60, 90, 120 e 180kgN/ha) e duas testemunhas absolutas (água de abastecimento e água residuária tratada). No Experimento II (algodão), o delineamento experimental foi o mesmo, porem com adubação química nitrogenada nas doses de 0, 80, 160, 240 e 320kgN/ha. Ambos experimentos tiveram quatro repetições. Para a cultura do milho, foram avaliadas as variáveis de crescimento das plantas (altura da planta, diâmetro caulinar, área foliar por planta, diâmetro, comprimento e peso de uma espiga de milho, por tratamento), as variáveis de produção (peso de espigas com e sem palhas e peso dos grãos, por tratamento) e a contaminação microbiológica dos grãos de milho. Para o solo foram feitas analises físicas, químicas (macro e micronutrientes), de metais pesados e de microbiologia (coliformes totais, coliformes fecais e Escherichia coli). Para a cultura do algodão, foram repetidas as analises de solo do Experimento I e para a planta do algodoeiro herbáceo, analises de crescimento, produção e de fibras. De acordo com os resultados das analises estatísticas, concluiu-se que tanto o milho quanto o algodão responderam satisfatoriamente a irrigação com água residuária tratada, com todas as variáveis de crescimento e produção, respondido melhor a irrigação com esse tipo de água do que com água de abastecimento. O milho obteve uma produção de 3812,5kg de grãos/ha, enquanto a produção do algodão em caroco foi de 3310kg/ha, superando em 116% a media do Nordeste brasileiro que e de 1528kg/ha. A água residuária tratada exerceu influencia nos elementos químicos do solo em ambos os experimentos, havendo ao final do Experimento II aumento de todos os micronutrientes e metais pesados no solo. A contaminação do solo por coliformes fecais e Escherichia coli diminuiu ao final do Experimento I e mais ainda ao final do Experimento II. Os grãos de milho sofreram contaminação por coliformes totais e coliformes fecais.