Comportamento de formas de enxofre e nitrogênio em reservatório profundo de estabilização de esgoto.

• Ano de defesa: 1996
• Autor(a) principal: SOUZA FILHO, José Erasmo de.
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande; Brasil; Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN; PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL; UFCG
• Palavras-chave em Português: Água de esgoto - utilização; Sewage - use; Alcantarillado - uso; Recursos hídricos; Water resources; Enxofre; Sulfur; Azufre; Tratamento de esgoto; Tratamiento de aguas residuales; Sewage treatment; Nitrogênio; Nitrogen; Nitrógeno; Lagoas de estabilização - reservatório; Estanques de estabilización - embalse; Stabilization ponds - reservoir; Engenharia civil
• Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/3431

O trabalho apresenta um estudo sobre o comportamento das formas de nitrogênio e enxofre num reservatório profundo de estabilização de esgoto. Foram acompanhados ao longo do tempo os teores de sulfato, sulfeto total , nitrogênio orgânico, amônia, nitrato e nitrito no esgoto doméstico (DBO5=200 mg/L) tratado num reservatório profundo de estabilização, de modo a verificar se esses teores atendiam aos requisitos exigidos das águas destinadas à irrigação irrestrita. O sistema experimental, em escala piloto, era constituído de um reservatório profundo (REI: 1186 m3; 6,5 m de profundidade), cujo afluente era o efluente de uma lagoa anaeróbia (A12: 45 m3; 6,5 m de profundidade). Foi operado pela Estação Experimental de Tratamentos Biológicos de Esgotos Sanitários (EXTRABES) da Universidade Federal da Paraíba (UFPb) , que está localizada nas instalações da antiga estação de tratamento de esgoto (Depuradora) de Campina Grande, Paraíba, nordeste do Brasil (latitude 7o 13'11" sul e longitude 35° 52'31'' oeste, 550 m acima do nível do mar). Foram realizados dois experimentos (exp. I e exp. II ) , envolvendo as fases de enchimento, descanso e esvaziamento, com 159 e 70 dias de duração (30/3 a 5/9/94 e 26/9 a 5/12/94). No exp. I os tempos de enchimento do reservatório e da lagoa anaeróbia foram de 35 dias e 1 dia , respectivamente, enquanto no exp. I I foram utilizados metade desses tempos (18 dias e 1/2 dia, respectivamente). Durante o descanso não houve entrada nem saída de água do reservatório (regime operacional por "batelada"), exceto por precipitação e/ou evaporação. O sistema foi monitorado nesses períodos através da coleta de amostras, uma vez a cada semana e às 8 h da manhã, em diferentes níveis ao longo da coluna líquida. Foram analisados nos laboratórios da EXTRABES, além das formas diversas de enxofre e nitrogênio, pH, temperatura, oxigênio dissolvido, DB05, DQO, sólidos suspensos, clorofila a e coliformes fecais. Não foi notável a ocorrência de odores desagradáveis. A partir dos dados obtidos foi estimado que as concentrações máximas permissíveis de sulfeto e nitrogênio total seriam atingidas em tempos pouco superiores a três e sete meses, respectivamente, podendo, após esses períodos a água ser utilizada na irrigação irrestrita (sem levar em consideração a presença de outros constituintes) . É sugerida a realização de estudos adicionais sobre a remoção dos principais constituintes (matéria orgânica, fósforo, organismos fecais, etc.) das águas residuárias domésticas, bem como esquemas operacionais alternativos, visando a tornar técnica, econômica e ambientalmente viável a utilização de reservatórios profundos de estabilização, principalmente em regiões carentes como o nordeste brasileiro.