Compósitos quitosana/carbonato de cálcio para utilização em cânulas de fístula ruminal.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: BARBOSA, Rossemberg Cardoso.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Ciências e Tecnologia - CCT
PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E ENGENHARIA DE MATERIAIS
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/7239
Resumo: A utilização de cânulas no sistema digestivo de ruminantes é frequentemente requisitada para estudos experimentais de digestibilidade. As cânulas utilizadas atualmente são fabricadas com polímeros sintéticos que apresentam mínima interação com o meio biológico, baixa biodegradabilidade e problemas de toxicidade relacionados aos aditivos. Por esta razão, a substituição dos polímeros sintéticos, por polímeros naturais, biodegradáveis, atóxicos e biocompatíveis como a quitosana poderá resultar na obtenção de um produto, que apresente melhor interação com o tecido animal. A quitosana, aplicada na Biomedicina, é um biomaterial que favorece a reconstituição fisiológica da pele e suas propriedades podem ser melhoradas pela adição de carbonato de cálcio de origem animal, extraído da casca do ovo de galinha, em preparações de compósitos quitosana/carbonato de cálcio (CaCO3). Sendo assim, este trabalho teve como objetivo desenvolver e caracterizar membranas de quitosana e de compósitos quitosana/(CaCO3) para substituir, parcialmente, os polímeros sintéticos empregados atualmente em cânulas de fístula ruminal. Membranas de quitosana e compósito quitosana/(CaCO3) nas proporções de 1%, 5% e 10%, foram preparadas e caracterizadas por Espectroscopia na Região de Infravermelho com Transformada de Fourier (FTIR), Difração de raios X (DRX), Tensão Superficial por medidas do ângulo de contato (TS), Análise de Calorimetria Exploratória Diferencial (DSC), Análise Termogravimétrica (TG), Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV), Microscopia Ótica (MO), Ensaio de Biodegradação Enzimática, Estabilidade em Soluções Aquosas Ácida e Alcalina, Estabilidade em Meio Ruminal, Avaliação da Viabilidade Celular dos Macrófagos (MTT), Determinação da Produção de Óxido Nítrico (NO) e Ensaio Mecânico (ensaio de tração). Na análise de FTIR, TS e ensaio mecânico a presença de CaCO3 nas proporções estudadas não demonstrou alterações significativas, quando comparadas as características da membrana de quitosana isoladamente. A técnica de DRX mostrou que, quanto maior a quantidade de CaCO3, maior é a cristalinidade do compósito. Quanto à topografia das amostras, a MO e a MEV revelaram que as partículas de carbonato de cálcio formaram aglomerados de tamanhos e formas variadas, porém bem distribuídas nas membranas. Pôde-se concluir com os resultados de DSC que o aumento da carga na membrana de quitosana proporcionou ao compósito maior estabilidade térmica, discretamente confirmada, pelo ensaio termogravimétrico (TG). Os ensaios de biodegradação apontaram que as membranas são biodegradáveis. A biocompatibilidade dos compósitos foi confirmada com os ensaios de MTT e NO, onde revelaram pouca ou nenhuma citotoxicidade. Baseado nos dados obtidos neste trabalho pode-se concluir que a membrana de quitosana com 1%, 5% e 10% de carbonato de cálcio extraído da casca do ovo de galinha apresenta viabilidade para ser aplicado como biomaterial, uma vez que otimiza a biocompatibilidade e a bioatividade do polímero sintético usado em cânulas e contribui para a redução da poluição ao meio ambiente.