Os colonos do rio Uruguai: relações entre pequena produção e agroindústria no oeste catarinense.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1987
Autor(a) principal: CAMPOS, Indio.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Humanidades - CH
PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA RURAL E REGIONAL
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/3574
Resumo: Este trabalho constitui um estudo das relações de produção que evoluem a pequena produção familiar na Micro região Colonial Oeste Catarinense. E constituído basicamente por um conjunto de averiguações empíricas e reflexões teóricas que possibilitaram o resgate da génese e desdobramentos posteriores das relações entre a pequena produção familiar e a agroindústria na referida micro região. Nos propomos precipuamente a analisar a forma assumida pelas relações entre a pequena produção familiar e a agroindústria. Desta forma a M. R. C. 0. C. e tomada como o substrato concreto de nosso estudo. A opção por esta micro região deve-se por dois motivos . Primeiramente já definhamos um conhecimento da região onde realizamos dois estágios junto a comunidades rurais. Por outro lado esta micro região, somada com a Micro região Colonial do Vale do Rio do Peixe conforma a principal região produtiva de suínos e aves do Brasil. A pequena produção familiar constitui a base da agricultura desta região. No texto, o termo "Oeste Catarinense" refere-se ao conjunto bastante homogéneo formado pelas duas micro regiões do oeste catarinense. A precariedade de nossas condições de pesquisa fizeram com que concentrássemos nossos esforços de pesquisa na M. R. C. 0. C. Entre março e julho de 1986 visitamos cerca de 20 municípios da região e realizamos 76 entrevistas entre pequenos produtores sob diversas condições de vida. visitamos e realizamos entrevistas junto a frigoríficos; sindicatos; acampamentos de "sem terra"; prefeituras; centros de pesquisa agropecuária; CPTs e etc ..Com isto nos armamos de base empírica para realizarmos nosso estudo, tentando reter as determinações mais essenciais para atingir o objetivo a que nos propomos. Este trabalho encontra-se dividido em 5 partes. Na parte primeira fazemos um resgate do debate sobre a pequena produção familiar e o capitalismo, desde os clássicos do pensamento marxista até os desdobramentos atuais deste debate. Igualmente colocamos as delimitações teóricas gerais que norteiam este trabalho. Na segunda parte, nos capítulos 2 e 3 reconstituímos histórica e economicamente o processo de colonização da M. R. C. 0. C.. Resgatamos o processo de mercantilização da pequena produção familiar e surgimento do capital agroindustrial. Bem como o desenvolvimento deste processo até meados da década de 60. Na parte terceira nos capítulos 4 e 5, analisamos a expansão dos capitais agroindustriais originados no oeste catarinense e sua transformação em grandes conglomerados econômicos de expressão nacional. Concomitantemente analisamos as condições históricas que proporcionaram o estreitamento das relações entre pequena produção e agroindústria. Ou seja, o afloramento das relações de subordinação da pequena produção que propiciaram a grande expansão dos capitais agroindustriais locais. Na quarta parte, nos capítulos 6 e 7 analisamos o processo de integração das unidades familiares ao capital agroindustrial e seus desdobramentos, objetivando analisar as transformações a nível da unidade familiar e a nível do conjunto da pequena produção. A parte quinta constitui a conclusão deste trabalho.