Deslintador mecânico-químico de sementes de algodão: desenvolvimento, avaliação e estudo do efeito latente do deslintamento das sementes durante o armazenamento.
Ano de defesa: | 2009 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Ciências e Tecnologia - CCT PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PROCESSOS UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/2112 |
Resumo: | Após o processo de beneficiamento do algodão, as sementes conservam uma cobertura de fibras curtas, denominada línter, que dificulta seu manejo por ocasião do plantio e da realização do tratamento fitossanitário, visto que as sementes se aderem umas às outras, originando um aglomerado que torna complexa a distribuição na linha de plantio e a eficácia do tratamento fitossanitário, além de possibilitar o transporte de pragas e doenças. Visando melhorar a qualidade das sementes para o plantio, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) instituiu Portaria proibindo a comercialização da semente de algodão com línter. O deslintamento consiste na remoção do línter da semente de algodão, através de vários processos sendo o método químico, aquele em que se utiliza o ácido sulfúrico, o mais usual, o qual se fundamenta em colocar a semente em contato com o ácido, durante certo tempo. Porém, na região Nordeste, é notória a carência de equipamentos de deslintamento, sendo necessário o deslocamento das sementes para a realização desse processo em outras regiões, o que onera o custo final do deslintamento. Com o objetivo de oferecer um equipamento com alta capacidade de deslintamento e a custo baixo, para atender aos pequenos e médios produtores de algodão do Nordeste, desenvolveu-se uma máquina deslintadora de sementes de algodão, mecânica-química e semiautomática, com capacidade média de 750 kg.h-1. Nesta, foram testadas sementes de algodão com linter em tempos de exposição (2, 3 e 4 minutos) cujos resultados demonstraram que o tempo de exposição ao ácido sulfúrico durante três minutos foi suficiente para a completa remoção do línter, fazendo com que as sementes mantivessem elevada sua qualidade fisiológica. Após o deslintamento, estudou-se o efeito latente do deslintamento das sementes de algodão com ácido sulfúrico sobre a qualidade fisiológica, através de três métodos de armazenamento: balcão semicriogênico, vapor de nitrogênio e câmera seca. A qualidade fisiológica das sementes submetidas ao congelamento de - 40ºC e - 170ºC e em câmara seca, por um período de armazenamento de 300 dias, foi avaliada por duas técnicas de descongelamento das sementes (temperatura ambiente e banho termostizado), verificando-se que, para o armazenamento de 300 dias após o deslintamento e independentemente do método de armazenamento e de descongelamento, a qualidade fisiológica da sementes não foi afetada. Conclui-se, assim, que não existe efeito latente de perda de qualidade fisiológica das sementes de algodão cultivar BRS Araripe, devido ao deslintamento químico. |