Carboximetilquitosana/colágeno para utilização como preenchedor cutâneo.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: CARVALHO, Sandra Maria Sobral de.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Ciências e Tecnologia - CCT
PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E ENGENHARIA DE MATERIAIS
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/23558
Resumo: O preenchimento cutâneo é uma técnica utilizada, especialmente, por médicos dermatologistas, para a correção de rugas superficiais ou profundas, cicatrizes deprimidas, além da reposição de volume facial. Existem vários biomateriais que são utilizados como preenchedores cutâneos, os mais usados são o ácido hialurônico, a hidroxiapatita e o ácido poli-L-láctico, com propriedades isoladas e específicas para serem considerados preenchedores cutâneos adequados e que os diferenciam um do outro, principalmente quanto à indicação clínica. Alguns parâmetros são importantes para a conceituação de um preenchedor cutâneo ideal, a exemplo da área a ser corrigida, o tempo de duração do mesmo no tecido implantado e custo do produto/procedimento. Nesse contexto, esse trabalho baseia-se no desenvolvimento de hidrogel de carboximetilquitosana com colágeno produzido a partir da membrana do ovo de galinha, com potencial para ser utilizado como preenchedor cutâneo. Inicialmente foi obtida a carboximetilquitosana a partir da quitosana produzida no Laboratório CERTBIO, seguindo-se à extração do colágeno a partir da membrana celular do ovo de galinha. O hidrogel preenchedor foi confeccionado através da homogeneização da carboximetilquitosana com diferentes concentrações (m/m) de colágeno (5%, 10% e 15%). Após sua obtenção, o mesmo foi submetido às seguintes técnicas de caracterização: Espectroscopia na Região do Infravermelho com Transformada de Fourier (FTIR), Microscopia Ótica (MO), pH, Condutividade, Microscopia Confocal por Fluorescência, Reologia, Injetabilidade/Força de Ejeção, Termogravimetria (TG), Intumescimento e Citotoxicidade. De acordo com os resultados de FTIR pode-se afirmar que a matéria prima se tratava da carboximetilquitosana e colágeno. Não se observou diferença significativa entre os espectros de FTIR dos hidrogéis. No pH das amostras verificou-se que a carboximetilquitosana apresenta-se mais alcalina quando comparada com o colágeno. A condutividade da carboximetilquitosana foi superior à da água e inferior à do colágeno. Na microscopia por fluorescência as partículas de colágeno apresentaram-se homogêneas em relação ao tamanho e bem distribuídas na mistura. O estudo reológico sugere tratar-se de material com comportamento pseudoplástico. Quanto à injetabilidade, pode-se afirmar que o hidrogel de carboximetilquitosana apresentou maior força de ejeção dentro do que preconiza a literatura para utilização como preenchedor cutâneo. A respeito da termogravimetria, identificaram-se três etapas de perda de massa nas composições dos hidrogéis de carboximetilquitosana e carboximetilquitosana/colágeno 5% e duas etapas de perda de massa nas composições com 10 e 15% de colágeno. Os hidrogéis de carboximetilquitosana e de carboximetilquitosana/colágeno apresentaram melhor intumescimento em solução de PBS. Em relação ao ensaio de citotoxicidade, todas as amostras demonstraram-se viáveis. Desta forma, pode-se concluir que os hidrogéis apresentaram propriedades físicas, químicas, térmicas, de viscosidade e biológicas potenciais para aplicação em preenchimento cutâneo.