Estudos de caracterização química e mineralógica para definição de parâmetros para separação magnética, visando a redução de Fe2O3 em rocha rica em feldspatos extraída em Pedra Lavrada - PB.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: FERREIRA, Defsson Douglas de Araújo.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN
PÓS-GRADUAÇÃO EM EXPLORAÇÃO PETROLÍFERA E MINERAL
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/28848
Resumo: A demanda por feldspatos de elevada pureza, sobretudo para utilização na fabricação de porcelanatos e louças brancas, acarreta um desafio para o processamento do minério. Pela necessidade de teores de óxido de ferro (Fe2O3) baixos, inferiores a 0,15%, as operações capazes de fornecer um produto com alta pureza são mais complexas e onerosas. Para tanto, torna-se necessário empregar a caracterização química e mineralógica para conhecimento do minério e planejamento das operações da planta de beneficiamento. Foi estudada uma amostra de rocha rica em feldspatos coletada em uma extração no município de Pedra Lavrada/PB, visando a identificação da composição química, mineral e espectro de liberação por meio das técnicas de DRX, FRX e MEV, com intuito de fornecer subsídios para utilização da separação magnética a seco para purificação do feldspato. Alíquotas foram submetidas a etapas de preparação, classificação granulométrica e separação magnética. Os difratogramas de raios X indicam que a rocha apresenta altas concentrações de feldspatos (albita, ortoclásio e microclínio), quartzo e um conteúdo significativo de magnetita e hornblenda, sendo estes os principais minerais portadores de ferro a serem concentrados para adequação química do minério. O teor médio de óxido de ferro na rocha é 1,25%, sendo as maiores concentrações presentes nas frações granulométricas de -0,6+0,3mm e -0,3+0,15mm, com percentuais de 1,621% e 1,924%, nessa ordem. As imagens da microscopia eletrônica de varredura demonstraram uma maior liberação física das fases minerais magnéticas abaixo de 0,3mm, devendo as operações de fragmentação serem projetadas visando este padrão granulométrico para eficiência nas operações de concentração mineral. Os ensaios de separação magnética promoveram recuperações mássicas e metalúrgicas variadas em função da granulometria de alimentação e da velocidade de operação dos rolos. Os resultados mais expressivos foram obtidos nas amostras submetidas a separação magnética a seco, cujo intervalo granulométrico utilizado foi -0,3+0,15mm e baixa velocidade de operação dos rolos, gerando uma fração não magnética contendo 0,147% de Fe2O3 (redução de 76,81% do ferro em relação a alimentação), estando este índice dentro dos padrões químicos exigidos para aplicação na composição de porcelanatos. As demais condições operacionais dos ensaios magnéticos produziram frações não magnéticas com teores de Fe2O3 oscilando entre 0,285% e 0,3%, levemente superiores aos limites da indústria de porcelanato, contudo, adequados a produção de cerâmicas ou vidros menos nobres.