Avaliação do potencial do uso do Etileno Acetato de Vinila (EVA) descartado pela indústria calçadista em misturas asfálticas.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: GAMA, Dennyele Alves.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN
PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
EVA
EVE
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/3700
Resumo: Os resíduos industriais, principalmente os classificados como perigosos, quando descartados de forma inadequada podem causar danos irreversíveis ao meio ambiente e até a comunidade em geral. A indústria calçadista descarta resíduos em suas mais diversas fases de produção. O Etileno Acetato de Vinila (EVA), usado na produção das palmilhas dos calçados, produz cerca de 20% de resíduos. Na pavimentação, diversos modificadores são utilizados para otimizar as propriedades do ligante asfáltico diante de condições extremas, entre os principais modificadores estão os polímeros, destacando-se o EVA. Este trabalho propõe uma avaliação do uso do resíduo do EVA, descartado pela indústria calçadista da cidade de Campina Grande, em misturas asfálticas. Foram realizados ensaios de caracterização no ligante asfáltico puro e modificado (por meio dos ensaios de penetração, ponto de amolecimento e viscosidade rotacional), dos agregados e ensaio de classificação do resíduo do EVA segundo a NBR 10004/04 da ABNT. Foram realizados ensaios mecânicos de resistência à Tração, Módulo de Resiliência e Lottman nas misturas asfálticas. Para isto foi utilizada a ferramenta estatística de Planejamento Fatorial utilizando dois fatores (teor de resíduo do EVA (%) e tempos de envelhecimento (h) em diferentes níveis) que realizou uma interação entre os fatores e diminui a quantidade de ensaios. A mistura foi dosada através da metodologia Superpave. O resíduo do EVA foi triturado e incorporado ao Cimento Asfáltico de Petróleo (CAP) através do processo úmido em teores de 0, 2, 3, 4 e 5% em massa. O resíduo do EVA foi classificado como um resíduo perigoso, Classe I, por conter teores de Zinco e de Alumínio acima do limite estabelecido pela norma. Observou-se, também, um aumento na viscosidade do ligante asfáltico modificado. Nos ensaios de Resistência à Tração e Módulo de Resiliência, todas as misturas que utilizaram o resíduo de EVA em sua composição atenderam aos critérios de Resistência do DNIT para uso na pavimentação, porém somente os teores até 2% de resíduo de EVA e até 3 horas de envelhecimento atenderam aos critérios mínimos de perda da resistência por umidade induzida (Lottman). O uso do resíduo do EVA na pavimentação mostrou-se uma alternativa eficaz de destino, por atender aos requisitos estabelecidos pelo DNIT para uso na pavimentação asfáltica.