Matrizes de quitosana/gelatina para liberação controlada de etonogestrel.
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Ciências e Tecnologia - CCT PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E ENGENHARIA DE MATERIAIS UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/17963 |
Resumo: | Os usos de métodos anticoncepcionais trouxeram à sociedade um avanço incontestável à mulher, resultando em uma modificação da visão sexual feminina, fazendo com que o início da atividade sexual ocorresse cada vez mais precoce. Entretanto, a falha do uso dos métodos contraceptivos pode acarretar na gravidez indesejada, impactando assim nos índices de mortalidade materna, nos resultados perinatais e em déficits socioeconômicos no futuro desta nova família gerada. Entre os contraceptivos com uma menor taxa de falha encontram-se os métodos reversíveis de longa duração, destacando os implantes subdérmicos de etonogestrel, considerado um fármaco altamente eficaz e com rápida reversibilidade quando retirado do organismo. No entanto, os implantes têm suas complicações devido a inserção e retirada o que gera restrições ao método. Busca-se atualmente um sistema de liberação de fármaco de longa duração e menos invasivo e que seja constituído por uma matriz biodegradável. Sabendo-se das características da quitosana e da gelatina como biopolímero biodegradável e que apresenta propriedades físico químicas e biológicas para este tipo de aplicação, essa pesquisa teve como objetivo o desenvolvimento de um biomaterial de quitosana e gelatina para liberação do etonogestrel. O sistema de liberação de fármaco na forma de membrana foi preparado pelo método de evaporação de solvente, através da dissolução da quitosana em ácido acético 1% (v/v), sendo acrescentada a gelatina nas proporções de 5 e 10% em relação a massa da quitosana, e posterior incorporação do fármaco. Para neutralização, as membranas foram submetidas a uma atmosfera de hidróxido de amônio a 2 % (v/v) por 48hs. Todas as amostras foram caracterizadas por Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV)/ Espectroscopia por Energia Dispersiva de raios X (EDS), Difração de raios-X (DRX), Espectroscopia na Região do Infravermelho com Transformada de Fourier (FTIR), Molhabilidade por Medida de Ângulo de Contato, Biodegradação, Intumescimento e Citotoxicidade. O ensaio de MEV demonstrou que a incorporação do fármaco ocorreu de forma homogênea. No DRX observou-se que após a adição do etonogestrel ocorreu um aumento da cristalinidade dos filmes. Os espectros de FTIR comprovaram que houve interação entre o Etonogestrel e a matriz polimérica. A Molhabilidade denotou um caráter hidrofílico das amostras. Na análise de biodegradação, observou-se que a mesma é influenciada pela concentração de gelatina e pela ação da lisozima. Quanto ao grau de intumescimento, observou-se um maior aumento das amostras com fármaco. Quanto ao ensaio de Citotoxicidade todas as amostras estudadas apresentaram-se viáveis para ser utilizadas como biomaterial. Sendo assim, conclui-se que as membranas apresentam potencial para utilização em sistema de liberação de etonogestrel, vislumbrando o uso como biomaterial biodegradável com ação contraceptiva. |