Utilização do óleo de canola para redução das temperaturas de usinagem e compactação de misturas asfálticas.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: GUERRA, Thamires Dantas.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN
PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/3333
Resumo: Nos últimos anos diversas técnicas foram desenvolvidas com o intuito de reduzir as temperaturas de usinagem e compactação das misturas asfálticas convencionais promovendo a redução das emissões de poluentes e do consumo energético. Dentro deste contexto surgiram as Misturas Asfálticas Mornas (MAMs). Estas misturas são formadas por agregados e cimento asfáltico de petróleo (CAP) modificados por aditivos químicos, orgânicos ou asfáltico espumado, promovendo uma redução nas temperaturas e melhoramento na qualidade de vida dos trabalhadores durante a execução dos revestimentos flexíveis. Este trabalho teve como objetivo estudar as propriedades físicas e mecânicas de misturas asfálticas com ligante modificado pela adição do óleo de canola. A escolha do óleo de canola como aditivo modificador da viscosidade e consequente diminuição das temperaturas de trabalho das misturas foi devido ao seu baixo custo e grande disponibilidade no mercado. Foram testadas amostras de CAP convencional e modificado com a adição de 1,0, 2,0 e 3,0% de óleo de canola em peso do ligante. A pesquisa foi dividida em três etapas: a primeira consistiu na caracterização física dos ligantes antes e após o procedimento de Rolling Thin-Film Oven (RTFO), na segunda etapa foi realizada a dosagem das misturas pela metodologia SUperior PERforming asphalt PAVEments (SUPERPAVE) obtendo-se teor ótimo de ligante de 5,1%. Na terceira etapa foi realizada a caracterização mecânica das misturas asfálticas com a realização dos ensaios de: Flow Number, Lottman Modificado, Módulo de Resiliência, Módulo Dinâmico, Resistência à Tração e Vida de Fadiga. De modo geral todas as amostras com óleo de canola obtiveram resultados mecânicos dentro dos parâmetros exigidos pelas normas brasileiras. A partir dos resultados obtidos verificou-se que as misturas asfálticas com óleo de canola reduzem as temperaturas de usinagem e compactação em até 6 °C. Porém esta redução não possibilita a classificação do ligante modificado em uma típica MAM. Concluiu-se que devido a diminuição da vida de fadiga e a redução de cerca de 50% do flow number em relação a mistura de referência não é possível indicar o uso do ligante asfáltico com óleo de canola. Entretanto as misturas asfálticas com óleo apresentaram aspectos positivos, aumentado a resistência a ação deletéria da água.