Estudo da liberação da vancomicina em hidrogel quitosana/genipina para uso na prevenção de bactéria em implantes biomédicos.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: DIAS, Geceane.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Ciências e Tecnologia - CCT
PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E ENGENHARIA DE MATERIAIS
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/36340
Resumo: A proposta do uso de sistema de liberação controlada como alternativa aos tratamentos convencionais voltados à administração de antibióticos tem ganhado força nas últimas décadas. O hidrogel à base de quitosana, um biopolímero antimicrobiano, oferece a possibilidade de controle da liberação do fármaco ao ser reticulado por agentes como a genipina. No entanto, ainda é limitado o conhecimento quanto às características envolvidas, como por exemplo, a taxa e mecanismos de transporte de massa, envolvidos na liberação controlada de vancomicina em hidrogel de quitosana. Diante o exposto, o objetivo deste trabalho consiste em sintetizar uma matriz polimérica quitosana/genipina para avaliar as características quanto à taxa e os mecanismos de transporte de massa envolvidos no controle da liberação da vancomicina em função do tempo. Para tanto, foi preparada uma solução base aquosa de quitosana 1,5 % (m/v) em ácido lático, a qual foi mantida sob agitação magnética, e então para efeito comparativo, a adição do fármaco vancomicina foi realizada por três vias de procedimentos: no primeiro, foi adicionando à solução base a vancomicina juntamente com a genipina (H1); no segundo, no terceiro, foi adicionando a vancomicina antes da reticulação (H2); e após a reticulação da solução base (H3). As amostras foram caracterizadas por espectroscopia no infravermelho por transformada de Fourier (FTIR); difração de raios X (DRX), e análise termogravimétrica (TG). Por último, foi realizado o ensaio de liberação da vancomicina no hidrogel, análise de variância (ANOVA) e o teste de Tukey ou teste t com significância de 5 % de probabilidade com o auxílio do software estatístico PAST versão 3.23 e de modelos matemáticos. Com base nos resultados foi possível observar que os espectros de FTIR apresentaram as bandas características dos materiais estudados. Os difratogramas de DRX confirmaram a formação das fases semi-cristalinas da quitosana e cristalinas da genipina. A vancomicina mostrou-se com característica amorfa. Por meio dos resultados obtidos nas análises termogravimétricas, foi possível observar comportamentos térmicos característicos dos materiais estudados. Confirmados pelo surgimento de eventos que são característicos de alterações mássicas do material diante exposição à temperatura. Por meio do perfil cinético de liberação do fármaco vancomicina pode- se observar que a liberação ocorre mais rapidamente no início, até 150 minutos, e que em seguida essa liberação se torna mais lenta até o final do tempo observado de 300 minutos. A partir da análise de variância (ANOVA) e do teste de Tukey foi possível observar que a ordem com que a vancomicina é adicionada ao sistema carreador hidrogel não é um fator preponderante para alterar ou modificar a quantidade final liberada do mesmo, bem como, o período de armazenamento. Quanto ao estudo da cinética de liberação de fármaco previu um mecanismo fickiano baseado em difusão. Podemos concluir que pelos testes realizados, que a utilização de um sistema carreador a base de quitosana e genipina para liberação controlada da vancomicina ocorre de forma promissora, uma vez que possivelmente evitará a adesão, colonização e posterior proliferação bacteriana.