Avaliação do potencial nutricional e toxicidade de vegetais na alimentação suplementar de abelhas canudos.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: MAIA, Adryele Gomes.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN
PÓS-GRADUAÇÃO EM RECURSOS NATURAIS
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/37289
Resumo: A ecologia nutricional das abelhas envolve o equilíbrio de nutrientes essenciais, sendo o pólen uma fonte crucial. A falta de recursos pode resultar em estresse nutricional e afetar a saúde das colônias. Dietas suplementares têm sido consideradas para compensar a escassez de pólen, a qual é ocasionada por condições climáticas adversas, perda de habitats naturais, mudanças na paisagem urbana, limitações sazonais na disponibilidade de recursos florais e baixa diversidade de plantas. Entre as espécies de abelhas, a Scaptotrigona depilis (abelha canudo), é uma espécie sem ferrão, nativa, encontrada na região do Nordeste brasileiro, sendo considerada uma espécie-chave para o bioma Caatinga. O presente trabalho foi realizado objetivando-se analisar a eficácia de dietas artificiais em abelhas canudo, sobre os aspectos de atratividade e toxicidade em ambientes controlados. A pesquisa foi desenvolvida nos laboratórios da Estação Experimental Ignácio Hernan Salcedo 3 INSA, Campina Grande, Paraíba. Para isso, foi realizado um teste de atratividade, selecionando dez amostras de vegetais da Caatinga. Posteriormente, foram escolhidos três vegetais com base nos resultados do teste de atratividade e em critérios nutricionais para realizar análises físico-químicas e bromatológicas, além de testes de toxicidade para à abelha nativa S. depilis. Paralelamente, foram avaliadas as influências dos fatores abióticos (temperatura, radiação e umidade) no comportamento de forrageio, e também foi conduzido um teste para determinar a longevidade da espécie em questão. Para avaliar a atratividade, utilizou-se o método de espectro de ação, com dez repetições e o comportamento alimentar foi registrado por observação e contagem de visitantes a cada hora, das 7:00 às 17:00, para a estatística foi utilizada testes ANOVA e Tukey. Em relação às análises físico-químicas e bromatológicas, foram realizados teste de matéria seca, matéria mineral, matéria orgânica, proteína bruta, extrato etéreo, fibra em detergente neutro e ácido, carboidratos totais e não fibrosos, e açúcares redutores. Para a avaliação de toxicidade três vegetais foram avaliados em concentrações de 0,25%, 0,50%, 0,75%, 1% e o controle alimentada com pasta de candi, os resultados foram analisados com de teste Log-Rank. Os vegetais mais atrativos foram a vagem de canafístula, algaroba, semente de gliricídia e folha de umbu. Quanto ao forrageamento, este está diretamente correlacionado de forma positiva com a temperatura e o índice de radiação solar. Em relação a longevidade, as abelhas S. depilis apresentaram uma expectativa de vida, com uma máxima de 47, mínima de 12 e uma taxa média de 24 dias. Os vegetais selecionados foram semente de gliricídia, vagens de algaroba e canafístula. A análise revelou que a semente de gliricídia apresentou maior teor de matéria seca, matéria orgânica e proteína. As vagens de algaroba demonstraram uma boa proporção de proteína, enquanto a canafístula possui maior teor de matéria mineral e fibra. Abelhas alimentadas com vagens de algaroba e canafístula apresentaram resultados positivos na avaliação da toxicidade, porém, a gliricídia demonstrou toxicidade. As dietas artificiais à base de algaroba e canafístula mostraram-se eficazes para garantir a nutrição e saúde das abelhas canudos em período de estiagem.