O museu como ambiente educativo: um estudo em Campina Grande-PB.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: GONÇALVES, Renata Carlos de Oliveira.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Humanidades - CH
PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/14875
Resumo: O professor do Ensino Fundamental é uma peça-chave na transformação de ideias pedagógicas em ações concretas, cabendo-lhe a orientação da atividade aos seus alunos, inclusive fora do ambiente escolar, como na experiência museu-educação. Os funcionários, estagiários e gestores de museus lidam com um público mais amplo e diretamente com o patrimônio cultural. Esses educadores são fundamentais na construção de práticas didáticas alternativas. Esta pesquisa teve por objetivo principal analisar o lugar dos museus como ambientes educativos, a partir das perspectivas de professores do Ensino Fundamental (6º ao 9º ano) da Rede Municipal de ensino, de diretores, de funcionários e de estagiários de Museus na cidade de Campina Grande – PB. Para a produção de dados, foram realizadas observações em 5 museus selecionados nessa cidade partir de uma grelha de análise, aplicados questionários e uma Associação Livre de Palavras junto a 74 sujeitos, sendo 26 do Grupo Museu (GM) e 48 do Grupo Docente (GD). Foram realizadas, ainda, 10 entrevistas de aprofundamento com uma sub-amostra, sendo 5 para cada grupo. Os dados foram cotejados de acordo com a sua natureza dos dados, pela análise de conteúdo, estatística descritiva, frequência de evocações e análise de similitude. Verificamos diferenças substanciais entre as instituições museológicas relativas à estrutura organizacional e física. O GM o representa a partir das cognições Cultura e o Conhecimento como aspectos chaves, que se desdobram em uma compreensão da relação entre Museu-educação pautada na preservação cultural e na aprendizagem através da cultura. Essa representação está baseada na atividade de trabalho desses participantes que têm como lócus de trabalho um conjunto de museus que se pautam mais na cultura local. O GD representa o museu como um equipamento vinculado à história, associando a guarda da memória, disciplina do conhecimento, à arte e ao conhecimento, tendo seu fundamento na legitimidade de uma determinada visão hegemônica e simbólica desse objeto. Por outro lado, a visão dos docentes sobre a relação museu-educação pauta-se em uma perspectiva de conhecimento dinâmico, construtivo, com acepções no campo de conhecimento empírico e interativo. Porém, muitas questões dificultam essa aproximação da relação museu-escola. O distanciamento dos docentes para com o objeto influencia diretamente em relação às práticas educativas e se coloca como entrave para eles no âmbito profissional. As justificativas principais são a falta de formação, de apoio técnico-pedagógico por parte das instituições museológicas e do governo municipal, além da falta de tempo. Esses dados nos indicam a importância de se debater e incluir esse tema em nosso cotidiano.