Colonos e agroindústria: as múltiplas faces da integração (estudo de caso sobre pequenos produtores integrados de suínos no município de Outro-SC).

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1993
Autor(a) principal: AGUIAR, Vilênia Venâncio Pôrto.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Humanidades - CH
PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/4059
Resumo: O presente trabalho analisa o espaço da produção e da reprodução de pequenos produtores -Familiares, colonos descendentes de italianos, do Munícípio de Ouro-SC, integrados as agroindústrias através da atividade suinícola. Objetivamente, trabalhamos com as seguintes questões: 1) o que levou esses colonos a se integrarem? 2) como eles vivem essa relação? 3) como desenvolvem um espaço de autonomia, numa relação de subordinação? Para responder a tais questões, consideramos a situação real e objetiva vivida pelos colonos estudados em diferentes mementos da sua trajetória social, ao mesmo tempo em que resgatamos as condições históricas que permitiram o afloramento da relação de integração. Consideramos ainda as representações que esses colonos tem de si e dos outros, expressas nas formas como organizam a unidade produtiva, o trabalho e o seu cotidiano. A partir desses elementos, passamos a analisar as especificidades da relação entre produtor e agroindústria. Por fim, observamos que os sujeitos investigados têm uma participação ativa na determinação da sua condição social, não sendo esta apenas consequência da sua inserção no processo produtivo, mas do jogo de forças sociais de que participam. Portanto, a relação de integração entre pequenos produtores familiares e agroindústria deve ser compreendida enquanto um espaço social e assim inserido num campo de forças sociais. É a partir do embate entre esses dois grupos - colonos e agroindústria - no interior do campo de forças que compreendemos o funcionamento e continuidade dessa relação, associada a práticas de resistências, estratégias de reprodução e desenvolvimento de autonomia.