Toxoplasma gondii e Neospora em felinos e suínos do Estado da Paraíba, Brasil.
Ano de defesa: | 2013 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Saúde e Tecnologia Rural - CSTR PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E SAÚDE ANIMAL UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/25546 |
Resumo: | Toxoplasma gondii e Neospora caninum são protozoários do gênero apicomplexa capazes de infectar uma grande variedade de animais de sangue quente. O T. gondii é uma zoonose, tem como hospedeiro definitivo os felinos e o consumo de carne de porco carne crua ou mal passada infectada é considerada uma importante fonte de transmissão deste parasita. O N. caninumnão é uma zoonose, tem como hospedeiro definitivo o cão e é responsável por causar doença neurológica em cães e abortos em bovinos, caprinos e ovinos. Essa dissertação é formada por dois capítulos. No primeiro, intitulado T. gondii e N. caninumem gatos no semiárido, Brasil: Soroprevalência e fatores de risco, enviado a Research in veterinary Science, foi verificada a frequência de T. gondii e N. caninum em gatos domiciliados e errantes do município de Patos, mesorregião do Sertão paraibano. Para isso, foram coletadas amostras de sangue provenientes de 201 gatos, 132 domiciliados e 69 errantes, nos domiciliados foi aplicado um questionário epidemiológico aos proprietários. A Reação de Imunofluorescência Indireta foi realizada levando-se em consideração os pontos de corte 1:16 e 1:50 para T. gondii e N. caninum, respectivamente. Foi obtida uma prevalência total de 43.78% de gatos positivos para T. gondii.Nos domiciliados, a prevalência foi de 47,7% e nos errantes de 36,23%, com títulos variando de 1:16 a 1:8192, sendo a titulação 1:128 a mais frequente. Não se observou diferença estatística entre animais domiciliados e errantes. Verificou-se correlação entre soropositividade ao T. gondii e idade e hábito de caçar (p< 0.05). Nenhum animal foi positivo para N. caninum. Concluiu-se que é alta a prevalência de gatos positivos para T. gondii e que o N. caninum não está presente em gatos na área estudada. No segundo trabalho, intitulado Perfil sorológico e isolamento de Toxoplasma gondii e Neospora caninum de suínos do Estado da Paraíba, Brasil, enviado à VeterinaryParasitology, verificou-se a presença de anticorpos anti-T. gondiie N. caninum, os fatores de risco associados e o isolamentodo T. gondii de suínos abatidos no Estado da Paraíba, Brasil. Foram utilizados 190 suínos provenientes de abatedouros públicos. O teste utilizado para a pesquisa de anticorpos foi a reação de imunofluorescência indireta e o isolamento foi realizado a partir dos tecidos dos animais positivos. Cérebro, coração e língua (total 50g) de 35 suínos positivos com títulos 1:64 foram triturados, digeridos em pepsina e inoculados em camundongos. A prevalência de anticorpos anti- T. gondii foi de 19,47% (37/190) com títulos variando de 64 a 2048. Cistos viáveis de T. gondiiforam isolados de 14 dos 35 (40,53%) suínos soropositivos. A virulência dos isolados foi variada, três foram capazes de matar todos os camundongos inoculados. Os fatores de risco para a sorologia e isolamento foram, respectivamente, tipo de criação extensiva e alimentação com restos de comida, idade acima de nove meses e alimentação com restos de comida. A prevalência de anticorpos antiN. caninumemsuínosfoi de 3,15% (6/190) com títulos variando de 100 a 3200. Nenhumas das variáveis estudadas foram consideradas fatores de risco para N. caninum. Esses resultados revelam que é alta a prevalência de anticorpos de T. gondii em suínos do Estado da Paraíba, como também é elevada a porcentagem de cistos viáveis recuperados desses animais e que o manejo dos suínos está intimamente relacionado a infecção por este protozoário. Apesar de baixa a prevalência de N. caninum nos suínos faz-se necessários estudos para determinar a importância desse protozoário nesta espécie animal. |