Análise físico ambiental do assentamento Patativa do Assaré – Patos/PB.
Ano de defesa: | 2011 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN PÓS-GRADUAÇÃO EM RECURSOS NATURAIS UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/1758 |
Resumo: | A realização deste trabalho se justifica devido aos intensos conflitos de uso das terras no Assentamento Patativa do Assaré, em consequência das atividades agropecuárias ali desenvolvidas por décadas contínuas. O propósito da pesquisa foi analisar o meio físico ambiental do geossistema do assentamento, partindo da descrição do sistema geofísico e da análise da capacidade do uso da terra, utilizando a Fórmula Mínima Obrigatória, para, em seguida, fazer uma avaliação geoambiental do uso da terra. As metodologias utilizadas são as descritas pelo INCRA (2010) e EMBRAPA (2006), que se baseiam no método do inventário utilitário por amostragem, com o uso de técnicas de georreferenciamento utilizando-se GPS, tendo como base para obtenção dos dados e geração dos mapas temáticos, informações obtidas no CBERS 2B, na planta cartográfica do assentamento e nas cartas planialtimétricas das Folhas de Patos/PB e Serra Negra do Norte/RN e softwares SIG-Idrise Andes V. 14.0, AutoCAD 2006, Microsoft Office Excel 2007. Os resultados obtidos permitiram mostrar que a maior parte do assentamento é formada por rochas graníticas, gnáissicas e micaxistos, pertencentes ao Complexo Cristalino; apresentando declividade litológica variável, prevalecendo os relevos suavemente ondulados (39,77%) e moderadamente ondulados (36,59%). O clima é do tipo BSh; a vegetação típica da área é a caatinga hiperxerófila e hipoxerófila, predominando a jurema preta (Mimosa tenuiflora (Willd.) Poiret.). Com relação à pedologia, 74,26% dos solos são do tipo LUVISSOLOS Crômicos Órticos típicos (rasos e pedregosos). Quanto ao pH, 70% dos solos são alcalinos. A área estudada apresenta baixo potencial fluvial, com cinco reservatórios artificiais de água, que ocupam 5,55% da área total. Ao se utilizar a Fórmula Mínima Obrigatória, ficou demonstrado que a caatinga arbustivo-arbórea aberta apresentou restrição de uso com relação à profundidade efetiva, classe textural, erosão e pedregosidade. Noventa por cento dos solos caracterizaram-se como alcalinos. A área da caatinga arbustivo-arbórea fechada apresentou limitações quanto à profundidade efetiva, classe textural, erosão e pedregosidade. Sessenta por cento dos solos são ácidos. Com relação à caatinga antropizada, as restrições identificadas foram quanto à profundidade efetiva, classe textural, erosão e pedregosidade. Quanto ao pH, 90% dos solos são alcalinos. A capacidade de uso da terra quanto ao perfil do solo, não variou muito entre as três áreas analisadas. De acordo com a avaliação geoambiental, 82,69% do geossistema se enquadra na área da caatinga antropizada. Foram definidas oito categorias do uso da terra: caatinga arbustivo-arbórea aberta (40,92%), caatinga arbustivo-arbórea fechada (17,31%), pecuária (16,90%), agricultura (13,38%), solo exposto (5,61%), corpos de água (5,55%), plantio de manga (0,26%) e o plantio de algaroba (0,07%). As Áreas de Reservas Legais ocupa 20,94%, as comunitárias 33,78% e de Preservação Permanente 25,60% da área total, todas comprometidas ambientalmente. A descrição geofísica, a análise do perfil do solo e a avaliação geoambiental por meio da representação dos mapas temáticos evidenciaram que o assentamento apresenta limitações severas para a implantação/manejo de culturas agrícolas, sendo mais propícia para pastagem e pecuária. |